Desemprego cai a 8,3% em outubro, com recorde de trabalhadores sem carteira
A taxa de desocupação no trimestre de agosto a outubro ficou em 8,3%, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número equivale a 9 milhões de pessoas.
Trata-se da menor taxa de desemprego para o período de agosto a outubro desde 2014 e menor percentual registrado pela pesquisa desde o trimestre encerrado em maio de 2015, quando também ficou em 8,3%. Já o número de brasileiros desempregados recuou para o menor nível desde julho de 2015.
Em relação ao trimestre anterior, de maio a julho, houve queda de 0,8 ponto percentual. Nesse mesmo período, o rendimento médio mensal subiu 2,9%, e chegou a R$ 2.754. Apesar da recuperação, o valor ainda é menor do que o rendimento médio do começo de 2021.
Informalidade: O número de trabalhadores sem carteira assinada bateu o recorde histórico. São 13,4 milhões de brasileiros nessa situação, um aumento de 2,3% (297 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, e de 11,8% (1,4 milhão de pessoas) no ano. Já a taxa de informalidade ficou em 39,1% da população ocupada, menor que o trimestre anterior, quando foi de 39,4%. O número de trabalhadores informais chegou a 39 milhões.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada somou 36,6 milhões, subindo 2,3% (822 mil pessoas) frente ao trimestre anterior.
O número de empregados no setor público foi outro a bater o recorde da série histórica, atingindo 12,3 milhões, com crescimento de 2,3% no trimestre (279 mil pessoas).
O número de trabalhadores por conta própria caiu para 25,4 milhões de pessoas, recuo de 1,8% (462 mil pessoas) no trimestre.
Recorde de ocupados: O contingente de pessoas ocupadas no país chegou a 99,7 milhões, um aumento de 1% (1 milhão de pessoas) no trimestre, batendo novo recorde na série histórica, iniciada em 2012.
Para a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, os números consolidam uma tendência de crescimento. "Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém", disse.
A massa de rendimentos dos trabalhadores bateu o recorde de R$ 269,5 bilhões, crescendo 4% no trimestre e 11,5% na comparação anual.
Diferença entre Pnad e Caged
O Ministério do Trabalho divulgou ontem os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostraram que o país abriu 159 mil novas vagas em outubro. Os dados, porém, se referem apenas a contratos regidos pela CLT, e são as próprias empresas que preenchem as informações em um sistema próprio.
Já a Pnad do IBGE é mais ampla, e compreende o mercado de trabalho informal. O levantamento é feito com entrevistadores, que perguntam sobre a situação de trabalho de uma amostra da população.
Metodologia
A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.
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