Greve de pilotos e comissários: aéreas citam alta de custo e dizem negociar
Do UOL, em São Paulo
16/12/2022 10h26Atualizada em 16/12/2022 14h07
A entidade que representa as empresas aéreas afirmou que está negociando com pilotos e comissários para garantir que os voos aconteçam normalmente.
Os profissionais aprovaram uma greve nacional a partir de segunda-feira (19).
O que diz o sindicato das empresas? Em nota, o SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) disse que os custos de operação aumentaram, com alta no preço do querosene da aviação. Segundo a Petrobras, o preço do combustível aumentou 49,6% de 1º de janeiro a 1º de dezembro deste ano.
Além disso, parte das despesas são em dólar, que só sobe ante o real nos últimos anos.
A organização afirmou ainda que, desde a primeira reunião de negociação, sempre esteve aberta ao diálogo e ainda não recebeu nenhuma contraproposta dos profissionais.
"O SNEA acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade", disse em comunicado.
Greve aprovada. Ontem, o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) informou que pilotos e comissários aprovaram uma greve nacional por aumento real dos salários e melhores condições de trabalho.
Os profissionais vão parar diariamente das 6h às 8h por tempo indeterminado, nos aeroportos de:
- São Paulo;
- Rio de Janeiro;
- Campinas;
- Porto Alegre;
- Brasília;
- Belo Horizonte e
- Fortaleza.
Em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas, sendo assim todas as decolagens iniciarão após às 8h
Sindicato Nacional dos Aeronautas
O sindicato que representa pilotos e comissários disse que as empresas não se mostraram dispostas a atender às reivindicações da categoria, ressaltando que os preços das passagens só sobem, e as companhias têm lucros crescentes.