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Pilotos e comissários aprovam greve nacional a partir de 19 de dezembro

Greve será de duas horas por dia por tempo indeterminado, de acordo com sindicato - Pietro_Ballardini/Getty Images
Greve será de duas horas por dia por tempo indeterminado, de acordo com sindicato Imagem: Pietro_Ballardini/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/12/2022 16h00Atualizada em 16/12/2022 08h54

O Sindicato Nacional dos Aeronautas informou hoje que pilotos e comissários de voo aprovaram uma greve nacional.

A paralisação terá início em 19 de dezembro.

O motivo da greve é:

  • por aumento real dos salários e melhores condições de trabalho.

Qual será o momento da paralisação? Os profissionais vão parar diariamente das 6h às 8h nos aeroportos de:

  • São Paulo,
  • Rio de Janeiro,
  • Campinas,
  • Porto Alegre,
  • Brasília,
  • Belo Horizonte
  • e Fortaleza.

Até quando será a greve? A paralisação será por tempo indeterminado após não conseguirem negociar com as companhias.

Em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas, sendo assim todas as decolagens iniciarão após às 8h
Sindicato Nacional dos Aeronautas

Quais são as exceções? Voos com órgãos para transplante, vacinas e pessoas doentes a bordo não serão afetados, segundo a entidade.

O que diz o sindicato sobre as negociações? "Desde o início das negociações as empresas não se mostraram dispostas a atender às reivindicações da categoria", diz o comunicado, que ressalta que os preços das passagens aéreas só aumentam, e geram lucros crescentes para as empresas.

Aumento no valor das passagens. De acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o preço das passagens aéreas chegou a aumentar 27,38% de setembro a outubro deste ano.

"Os pilotos e comissários de voo do Brasil contam com a compreensão da sociedade e com o bom senso das companhias aéreas para evitar transtornos", conclui a nota.

O UOL entrou em contato com SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) e, em nota, alegou que "que as negociações recentes buscam assegurar a continuidade da prestação dos serviços essenciais de transporte aéreo para a população e o direito dos clientes de viajar, especialmente neste período de alta temporada".

"Desde a primeira reunião de negociação, o SNEA assegurou todos os direitos da Convenção Coletiva e ao longo do processo negocial, se mostrou aberto ao diálogo sempre com respeito aos profissionais que fazem parte do setor aéreo", diz o sindicato, que completa a nota afirmando que "acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade".

As principais companhias aéreas brasileiras também foram contatadas pela reportagem. Em caso de resposta, o texto será atualizado.