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Justiça de São Paulo decreta falência da Coesa, antiga OAS

A construtora é fruto de uma reestruturação da OAS, após escândalos de corrupção revelados pela operação Lava Jato Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/06/2023 17h47

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decretou a falência da Coesa, antiga construtora OAS, envolvida em escândalos de corrupção investigados pela Lava Jato.

O que aconteceu:

No processo, é argumentado que a "correlação" entre a construtora Coesa e o Grupo OAS, citado como Grupo Metha, serviu "para enganar os credores", com dívidas chegando a R$ 4,49 bilhões. A ação foi protocolada pela Gerdau, uma das credoras da construtora.

O fato da OAS ter feito um pedido de recuperação judicial anterior impediu que um segundo pedido fosse feito agora, segundo o voto do relator, o desembargador Grava BrazilSegundo o voto do relator, o desembargador Grava Brazil. Além disso, é citado que houve descumprimento do primeiro plano de recuperação judicial.

O relator destaca que o grupo de empresas que pleiteia a segunda recuperação judicial foi "desleal, de má-fé e serviu apenas para fraudar a lei", em trecho de seu voto, acrescentando que o fato da Coesa não integrar esse pedido reafirma o abuso de direito.

Para o relator, a intenção do conglomerado de empresas não é "superar crise", mas "evitar" pagar corretamente todas as dívidas no plano de recuperação judicial.

O UOL procurou, por e-mail e telefone, a construtora Coesa mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

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