Brasil cria 142 mil vagas formais em julho, queda de 36% em relação a 2022
O Brasil criou 142.702 empregos com carteira assinada em julho deste ano. Os dados são do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O que aconteceu
O saldo de 142.702 empregos criados no mês é o resultado das 1.883.198 admissões e 1.740.496 desligamentos no mês. Os dados de junho foram revisados pelo governo e apontam a criação de 156.615 vagas. De acordo com a Reuters, o resultado de julho veio em linha com o esperado pelo mercado.
Número de vagas criadas caiu 36,6% em comparação a julho de 2022. Na época, foram criadas 225.016 vagas com carteira assinada. Em comparação a junho deste ano, a queda foi menor, de 8,9%.
Brasil criou 1.166.125 vagas de janeiro a julho deste ano. No mesmo período do ano passado foram criadas 1.613.048 vagas formais.
Salário médio de admissão foi de R$ 2.116,18 em julho. Houve uma queda de 1,3% em relação a junho, quando o salário de contratação era de R$ 2.143,43, e alta de 2,8% em relação a julho de 2022, quando o salário de admissão era de R$ 2.058,10.
Em linhas gerais, a tendência de desaceleração gradual no emprego formal continua. Considerado o saldo acumulado em 12 meses, houve redução de 1,649 milhão em junho para 1,567 milhão em julho. Projetamos geração líquida total de 1,350 milhão de empregos em 2023, após 2,015 milhões de empregos em 2022.
Rodolfo Margato, economista da XP
Emprego por setores
Setor de serviços puxou a criação de vagas do mês. Foram criadas 656.014 empregos com carteira assinada no setor. Veja a geração de empregos por setores:
- Serviços: 656.014
- Construção: 194.471
- Indústria: 156.264
- Agropecuária: 100.142
- Comércio: 59.244
O que é o Caged?
Os dados do Novo Caged se referem apenas às vagas com carteira assinada. Como as companhias podem atualizar as informações de contratações e desligamentos de maneira retroativa, os dados podem variar de mês a mês. O levantamento não capta os dados do mercado de trabalho informal, como a Pnad Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo.
Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo eSocial. Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações de trabalhadores formais por meio do eSocial. Com a mudança, a metodologia do Novo Caged passou a ser composto por informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.