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Maxmilhas, do grupo da 123milhas, entra com pedido de recuperação judicial

Segundo a empresa, o que justifica o pedido de recuperação judicial são os efeitos no mercado de agências de turismo online "decorrentes da reestruturação da 123milhas" Imagem: Reprodução/Maxmilhas

Do UOL, em São Paulo

21/09/2023 22h56

A Maxmilhas, empresa que pertence ao grupo da 123milhas, entrou com um pedido de recuperação judicial, nesta quinta-feira (21), no TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).

O que aconteceu:

A empresa informou que a medida pretende assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros, fornecedores e clientes. Em comunicado divulgado à imprensa, a Maxmilhas disse ainda que vai organizar "com máxima transparência" os débitos em um só juízo.

A companhia esclareceu que poderá acelerar a quitação de todos os valores devidos e restabelecer "o mais rapidamente possível seu equilíbrio financeiro e operacional".

Segundo a empresa, os efeitos no mercado de agências de turismo online "decorrentes da reestruturação da 123milhas" justificam o pedido de recuperação judicial . "Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo online tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas", diz a empresa em comunicado.

A Maxmilhas ressaltou que não haverá a suspensão de produtos e que passagens e reservas de hospedagens não serão canceladas. "A empresa informa ainda que não há nenhuma pendência trabalhista entre os débitos contemplados no pedido de recuperação judicial", acrescenta.

A Maxmilhas reforça que mantém suas atividades e que segue trabalhando com o compromisso de continuar promovendo novas viagens para os seus clientes. A travel tech foi pioneira no mercado de agências online e, em 10 anos de atuação, já viabilizou mais de 12 milhões de viagens no Brasil e no mundo, com segurança e simplicidade.
Maxmilhas, em comunicado

A companhia destacou que, caso haja cancelamentos "unilaterais" por parte de hotéis, operadores do setor hoteleiro e fornecedores de passagens aéreas, "as empresas poderão ser notificadas extrajudicialmente".

A empresa foi criada em 2013, em Belo Horizonte, e diz que já possibilitou mais de 12 milhões de viagens.

Parcelamento de pagamento dos clientes

Em agosto, a Maxmilhas anunciou que iria parcelar o pagamento a clientes que venderam milhas na plataforma.

Clientes compartilharam o comunicado da empresa nas redes sociais. A companhia alegou que foi "surpreendida" por decisões individuais da 123milhas.

Na Maxmilhas, clientes podiam tanto vender as próprias milhas de companhias aéreas nacionais e internacionais, quanto comprar passagens com descontos.

O valor pela venda das suas milhas será reprogramado em 3 parcelas, da seguinte forma a partir da data de vencimento original: 30 dias; 60 dias; 90 dias.
Comunicado da Maxmilhas a clientes

Em janeiro deste ano, Maxmilhas e 123milhas anunciaram a fusão das duas empresas, que seguiram atuando de maneira independente.

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