Delfim Netto teve apenas uma filha e um neto; conheça herdeiros
Antônio Delfim Netto teve uma história que caminhou junto com importantes marcos na história do Brasil. Ministro, deputado, professor e um dos economistas mais importantes do país, ele nasceu em São Paulo, onde estudou economia e iniciou sua trajetória. Ao morrer nesta segunda (12), deixou a esposa, uma filha e um neto.
Os herdeiros
Delfim Netto homenageou corrente do socialismo ao nomear a filha. Leitor assíduo de socialistas fabianos, Delfim Netto escolheu o nome Fabiana para a filha. A vertente de pensamento admirada por Delfim teve origem na Inglaterra e defendia uma passagem gradual para o socialismo.
Empresária e discreta. Fabiana Delfim não costuma fazer aparições públicas. Em parceira com a estilista Giuliana Romanno, foi responsável pela administração e pelas estratégias comerciais da grife que levava o nome da sócia, no ramo da moda. Após 10 anos de operação, a empresa encerrou as atividades em 2018. Na ocasião, Fabiana estava morando em Londres, na Inglaterra.
Avô coruja. O neto de Delfim, Rafael, nasceu quando o avô tinha mais de 80 anos. Segundo perfil da revista Piauí publicado em 2014, as fotos de Rafael enchiam o gabinete de Delfim Netto.
Sobrinho advogado envolvido em polêmicas. Luiz Appolonio Neto, sobrinho de Delfim, foi alvo de investigação em 2016 por ter recebido R$ 240 mil em seu escritório em São Paulo. Segundo Appolonio Neto, o valor, enviado pela empreiteira Odebrecht, foi recebido "a pedido do tio" e repassado a Delfim Netto.
Dois casamentos. Delfim Netto foi casado com Mercedes Saporski Delfim, que morreu em 2011 aos 93 anos, e atualmente era casado com Gervásia Diório.
O que aconteceu
Antônio Delfim Netto morreu aos 96 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na última segunda-feira (12). O ex-ministro estava internado desde o dia 5 de agosto e, segundo sua assessoria, morreu "em decorrências de complicações no seu quadro de saúde".
Trajetória acadêmica e política. Professor, economista, político e diplomata brasileiro, Delfim Netto foi o nome à frente do chamado "milagre econômico", conjunto de medidas aplicado entre as décadas de 1960 e 1970 e que fez a economia brasileira crescer cerca de 11% ao ano. Por outro lado, o período também ficou marcado pelo aumento da concentração de renda no Brasil
Relação com a ditadura. Delfim Netto comandou o Ministério da Fazenda durante boa parte da ditadura militar no Brasil e foi um dos signatários do Ato Institucional Nº 5, de dezembro de 1968, que endureceu o regime militar e permitiu a perseguição a rivais políticos do governo.
Investigações e denúncia. Em 2018, Delfim Netto foi citado em delação premiada durante a Operação Lava Jato e acusado de receber cerca de R$ 15 milhões como propina durante a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Na investigação, ele afirmou que os valores recebidos durante a construção da usina foram pagos graças à consultoria prestada por ele para a criação do consórcio que venceu o leilão do estabelecimento.
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