Empresas brasileiras podem perder R$ 2,2 trilhões com hackers, diz estudo


Colaboração para o UOL
25/03/2025 15h10
Os ataques cibernéticos podem causar prejuízos de cerca de R$ 2,2 trilhões a empresas brasileiras nos próximos três anos, de acordo com um estudo feito por uma empresa especializada em cibersegurança.
O que aconteceu
A pesquisa analisou dados de 117 médias e grandes empresas de 10 setores da economia: financeiro, varejo, saúde, beleza, indústria, serviços, seguros, mobilidade, tecnologia e energia.
Relacionadas
As ações de hackers vão impactar 48% das companhias até 2028. A estimativa considera a probabilidade de ataques e o impacto das invasões aos sistemas das empresas com base em duas variáveis.
Uma delas é o custo médio por violação de dados de empresas no Brasil segundo a IBM, estimado em R$ 8 milhões. A outra é a quantidade de empresas sujeitas a ataques, sendo 466.758 de médio porte e 140.583 de grande porte, segundo a Econodata.
O que mais preocupa são os ataques de alto impacto — e concentramos nosso estudo neles porque, na maioria dos casos, as vulnerabilidades são totalmente desconhecidas pela empresa, são riscos residuais que ninguém faz ideia que estão lá. Alexandre Brum, chefe de operações da VULTUS
Casos de alto impacto consideram vazamentos de dados ou interrupções operacionais decorrentes de ataques destrutivos, por exemplo. Para os pesquisadores, os números são alarmantes e reforçam a urgência de se investir em iniciativas de segurança totalmente voltadas à mitigação de riscos iminentes.
Empresas brasileiras não estão preparadas para ataques cibernéticos. Uma pesquisa anterior da VULTUS apontou que 80% das organizações não têm um plano completo para resposta à invasão de seus sistemas.
Cibersegurança é destaque em três das 15 principais profissões do futuro listadas pelo Fórum Econômico Mundial. Especialistas em segurança digital, big data e machine learning deverão ser os mais requisitados nos próximos cinco anos, segundo o relatório.