PSDB quer explicações de aliança entre Pão de Açúcar e Carrefour
O PSDB deve apresentar requerimentos para que envolvidos na união entre Pão de Açúcar (PCAR4) e Carrefour prestem esclarecimentos sobre a operação no Senado, afirmou o líder da legenda na Casa, Álvaro Dias (PR).
A intenção da oposição é cobrar explicações sobre a participação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no negócio.
O banco de fomento se comprometeu a colocar 1,7 bilhão de euros em uma complexa operação revelada na semana passada para criar um gigante no varejo brasileiro.
Senadores do PSDB apresentarão à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) convites ao empresário Abílio Diniz, que controla o Grupo Pão de Açúcar, a um representante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e do ex-presidente do banco Luiz Carlos Mendonça de Barros.
"Me parece um negócio sem escrúpulos, beneficiando franceses num empreendimento que terá 61% de capital francês, com dinheiro público, de fundos sociais e da dívida pública", disse o líder tucano a jornalistas.
"Ou seja, isso é um escândalo, é uma ação de Robin Hood às avessas, que tira dos pobres para entregar aos ricos."
Na última terça-feira, o Carrefour anunciou ter recebido uma proposta de fusão de seus ativos no Brasil com o Grupo Pão de Açúcar.
A oferta feita pela Gama --uma empresa controlada pelo banco BTG Pactual e capitalizada pelo BNDES-- surge depois que o Pão de Açúcar adquiriu nos últimos anos as redes de varejo Ponto Frio e Casas Bahia, operações que ainda não passaram pelo crivo do Cade, órgão de defesa da concorrência no país.
As negociações começaram a partir da iniciativa de Diniz, mas o grupo também francês Casino, sócio do Pão de Açúcar e arquirrival do Carrefour, informou que está em posição para bloquear uma eventual fusão no Brasil.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou na semana passada que a união proposta entre o Pão de Açúcar e a operação brasileira do Carrefour tem importância estratégica para o Brasil.
Diante de críticas ao negócio, o BNDES disse que apoiará a operação apenas se os sócios do Pão de Açúcar chegarem a um consenso.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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