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BNDES anuncia linha de R$4 bi para cadeia de petróleo e gás

03/08/2011 16h10

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um dia após o anúncio de medidas de estímulo à indústria pelo governo, o BNDES informou que vai disponibilizar uma linha de R$ 4 bilhões para financiar a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás natural até 2015.

As taxas juros vão variar de 4,5% ao ano, para projetos de inovação, a 11,04% para capital de giro, informou o banco.

Além disso, o acesso para micro, pequenas e médias empresas, que representam 85% dos fornecedores do setor, será flexibilizado.

O banco poderá financiar empresas de pequeno porte por meio de uma empresa-âncora com receita anual de mais de R$ 90 milhões.

Essa empresa-âncora terá que fazer um plano de desenvolvimento para seus fornecedores, direcionando no mínimo 30% do financiamento à cadeia de fornecedores e subfornecedores.

A medida vem ao encontro da nova estratégia da Petrobras de não utilizar mais o seu caixa para financiar seus forncedores, um volume de recursos que atingia cerca de R$ 1 bilhão por ano.

Por outro lado, a empresa tem necessidade, assim como as outras que atuam no setor no país, de cumprir um índice de conteúdo nacional exigido pelo governo nos seus projetos.

O apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ajuda a liberar o caixa da estatal para os vultosos investimentos programados até 2015, de US$ 224,7 bilhões.

"O alto volume de investimentos esperado nos próximos anos evidencia um panorama altamente favorável ao fortalecimento da cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás, com aumento de competitividade das empresas brasileiras no mercado doméstico e internacional", afirmou o banco em nota nesta quarta-feira.

De acordo com o banco, o objetivo do programa é buscar soluções para alguns dos entraves à competitividade e ao desenvolvimento do setor, "tais como a dificuldade de acesso ao crédito, o elevado custo de capital e o acesso à tecnologia de ponta".

O banco vai estimular projetos de implantação, ampliação e modernização da capacidade produtiva; consolidação, fusão e aquisição e internacionalização da cadeia de fornecedores; financiamento do capital de giro necessário à produção de equipamentos e prestação de serviços; e suporte a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

(Reportagem de Denise Luna)