Leilão de bônus italianos aumenta nervosismo na Europa
MILÃO, 25 de novembro (Reuters) - A Itália pagou um juro recorde na história do euro, de 6,5%, para vender títulos de dívida de seis meses nesta sexta-feira (25), e os custos de seu financiamento de longo prazo subiram bem acima dos níveis vistos como sustentáveis para as finanças públicas, aumentando a pressão sobre a terceira maior economia da zona do euro.
O rendimento do papel de seis meses quase dobrou em relação ao leilão do mês passado e mostrou que a nomeação do governo de emergência para combater a crise de dívida falhou em segurar os custos de financiamento.
Embora a oferta de 10 bilhões de euros tenha sido vendida por completo, os investidores se preocuparam com os rendimentos pagos, derrubando as ações italianas e elevando os juros de bônus nos mercados.
Os juros dos bônus de dois anos da Itália dispararam para mais de 8% em reação, um novo recorde, apesar de relatos de intervenção do Banco Central Europeu (BCE).
O euro, já oscilando em torno da mínima em sete semanas, caiu ainda mais após o leilão. O mercado europeu de ações continuou no vermelho.
Em comparação, a Espanha pagou 5,2% para vender títulos de seis meses nesta semana, após a eleição de um novo governo conservador.
Há um mês o rendimento pago pelos títulos de 6 meses vendidos pela Itália nesta sexta-feira estava em 3,5%.
A Itália também vendeu 2 bilhões de euros em bônus de cupom zero a nível recorde, com rendimento de 7,8%, o maior desde a introdução do euro, contra rendimento de 4,6% no leilão anterior.
A Itália planeja vender até 8 bilhões de euros em bônus, incluindo um novo papel de três anos, em um leilão na terça-feira.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.