UE tem objeções à compra de unidade da EMI pela Universal

BRUXELAS, 19 Jun (Reuters) - Reguladores antitruste da União Europeia (UE) mostraram formalmente objeções à compra da unidade de gravação de música da EMI por US$ 1,9 bilhão pela Universal Music, que terá que oferecer mais concessões pela aprovação.

A Comissão Europeia (CE, órgão executivo da UE) está analisando a proposta de compra, que pode unir estrelas da Universal -como Lady Gaga e Rihanna- às da EMI, como Beatles e Katy Perry.

"Como parte do processo de praxe da Comissão no caso de fusões, eles nos apresentaram hoje uma lista de objeções", declarou nesta terça-feira a Universal em comunicado.

"Estamos preparando uma resposta detalhada à lista da Comissão para abordar as preocupações expostas. Vamos continuar a trabalhar com a Comissão para garantir a aprovação regulatória", acrescentou.

A agência de notícias Reuters tinha noticiado na quarta-feira passada que a Comissão iria apresentar as objeções nesta semana.

A Universal, da Vivendi, poderia se comprometer a vender catálogos ou oferecer negócios de licenciamento com termos mais vantajosos para concorrentes e serviços online.

Em abril, reguladores da UE permitiram que um consórcio capitaneado pela Sony comprasse a divisão de gravação de música da EMI após o grupo ter prometido vender alguns catálogos. 

Na semana passada, o comissário da UE para a Concorrência, Joaquin Alumia, mostrou preocupação com o poder de mercado do grupo combinado, quase o dobro do concorrente mais próximo na Europa, e com o impacto no mercado digital de música.

Selos independentes e a Warner se opõem à compra. A CE estabeleceu 6 de setembro como prazo para se decidir. A Comissão Federal de Comério dos Estados Unidos também está analisando o negócio.

(Por Foo Yun Chee)