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Força Aérea dos EUA defende contrato vencido por Embraer

11/03/2013 16h09Atualizada em 13/03/2013 15h35

A Força Aérea dos Estados Unidos defendeu, nesta segunda-feira (11), sua decisão de conceder à Embraer e sua sócia Sierra Nevada um contrato de US$ 428 milhões para a entrega de 20 aviões de ataque leve, apesar de enfrentar novos protestos da Beechcraft.

"Estamos confiantes que esta decisão está bem fundamentada e que as propostas dos ofertantes foram total e justamente consideradas dentro do critério de avaliação", disse o porta-voz da Força Aérea, Ed Gulick, que não soube informar, no momento, se seria emitida uma ordem para paralisar as encomendas.

A Beechcraft, anteriormente chamada Hawker Beechcraft, afirmou na sexta-feira passada que iria contestar a decisão, decorrente de uma nova concorrência realizada no ano passado.

A Embraer e a Sierra Nevada venceram uma licitação inicial de US$ 355 milhões em dezembro de 2011 para o fornecimento de aviões Super Tucano a serem usados no Afeganistão, mas a licitação foi suspensa após ser contestada pela Hawker Beechcraft.

A nova contestação é o capítulo mais recente de uma saga para a aquisição de equipamento militar envolvida com política. Representantes brasileiros ficaram decepcionados no ano passado quando o contrato original com a Embraer foi suspenso, e o caso também teve consequências políticas na campanha eleitoral presidencial dos EUA.

A Força Aérea norte-americana desistiu de conceder o contrato inicial à Sierra Nevada e a Embraer depois que encontrou "falhas no processo de documentação que não poderiam confirmar a adequação da decisão anterior", disse Gulick.

Nesta segunda-feira, ele disse que o mais recente contrato concedido à Sierra Nevada e à Embraer envolveu uma nova "equipe de avaliação, conselheiros internos e externos, e uma nova autoridade para seleção".

Um órgão do governo norte-americano que supervisiona compras federais questionadas tem até 100 dias para decidir sobre o assunto.

A Beechcraft saiu de um processo de concordata no mês passado. A fabricante disse em um comunicado que a decisão da Força Aérea coloca 1.400 empregos em risco no Estado do Kansas e em outros locais nos EUA.

Na noite de sexta-feira, a Embraer e a Sierra Nevada disseram que sua oferta na concorrência dá garantia à manutenção de mais de 1.400 empregos nos EUA e acrescentou que o Super Tucano será montado em Jacksonville, na Flórida.

A Sierra Nevada conta com 2.500 trabalhadores e a Embraer tem 1.200 funcionários nos EUA.