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Metalúrgicos da GM no Rio Grande do Sul aprovam greve

24/04/2013 09h26

Metalúrgicos do primeiro e terceiro turnos da fábrica da General Motors em Gravataí (RS) aprovaram decreto de greve por tempo indeterminado cobrando reajuste salarial de 12 por cento, informaram representantes sindicais nesta quarta-feira.

A fábrica emprega 4.500 trabalhadores e produz os modelos Celta, além dos recém lançados Onix e Prima, a um ritmo de 1.200 automóveis por dia, informou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari.

A expectativa é de que os trabalhadores do segundo turno da fábrica também aprovem o decreto da greve durante assembleia marcada para as 14h desta quarta-feira.

Segundo o sindicato, o índice de 12% inclui reajuste real de cerca de 5%. A GM ofereceu reajuste salarial de 8,29%. Em 2012, os trabalhadores promoveram greve de um dia na unidade que foi encerrada com acordo de reajuste de 7,5%.

Representantes da GM não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.

A greve foi decretada após seis reuniões do sindicato com executivos da montadora desde março, disse Ascari.

Além do reajuste, os trabalhadores pedem redução na jornada de trabalho para 40 horas semanais. Segundo a entidade, a GM ofereceu a possibilidade de diminuir a jornada atual de 42 horas por semana para 41,5 horas a partir de 1º de maio e para 41 horas a partir de janeiro do próximo ano.

A fábrica da GM em Gravataí é responsável por cerca de 50% da produção total de veículos da montadora no Brasil, segundo o sindicato. "Mesmo assim, os trabalhadores gaúchos possuem o piso salarial 70% menor que os atuantes em São José dos Campos e São Caetano do Sul, em São Paulo", afirmou a entidade em comunicado à imprensa.

(Por Alberto Alerigi Jr.)