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Rossi Residencial reverte prejuízo e melhora endividamento no 1º tri

15/05/2014 08h17

RIO DE JANEIRO, 15 Mai (Reuters) - A Rossi Residencial (RSID3) reverteu prejuízo sofrido no primeiro trimestre do ano passado ao divulgar na noite de quarta-feira (14) o quarto resultado trimestral positivo consecutivo, num balanço que trouxe melhora no nível de endividamento.

"Embora o prejuízo já tenha sido revertido, o lucro ainda é pequeno, mas estamos melhorando um pouco a margem bruta a cada trimestre. A margem bruta vai melhorar à medida que a gente conseguir reduzir a alavancagem", disse à Reuters o diretor superintendente da companhia, Leonardo Diniz.

Segundo ele, os projetos lançados nas safras de 2013 e 2014 estão com margens "bem superiores" à dos anos anteriores. No primeiro trimestre, a Rossi teve margem bruta de 20%, alta anual de 5,3 pontos percentuais.

A construtora e incorporadora teve lucro líquido de R$ 6,8 milhões no primeiro trimestre revertendo prejuízo de R$ 10 milhões sofrido um ano antes. Previsões de quatro analistas apuradas pela Reuters variaram de leve prejuízo a um pequeno lucro para o primeiro trimestre deste ano.

A Rossi teve geração de caixa de R$ 167,5 milhões, 15% inferior ao resultado do quarto trimestre de 2013, mas, segundo o executivo, a cifra ficou além das projeções da companhia.

A relação dívida líquida sobre patrimônio líquido caiu 7,4 pontos percentuais em base sequencial, a 89,9%.

Do lado operacional, a empresa também conseguiu fazer lançamentos, saindo do zero um ano antes para R$ 157,8 milhões entre janeiro e março.

Mas as vendas caíram 2,6% na comparação anual, para R$ 577,8 milhões. Já as rescisões de contratos aumentaram 42%, a R$ 237,6 milhões. As cifras consideram os empreendimentos exclusivos da Rossi e os tocados em parceria com sócios.

Quando considerada somente a parte Rossi, as rescisões somaram R$ 179,2 milhões nos três primeiros meses do ano.

"Isso tem impacto num primeiro momento, mas no médio prazo isso volta, para o caixa e o resultado", disse Diniz, mencionando a velocidade de venda dos estoques. Para este ano, a previsão é que os distratos da parte Rossi fiquem em linha com 2013, quando somaram R$ 588 milhões.

Os lançamentos em 2014 serão dados pela capacidade de geração da caixa da Rossi. "A prioridade não vai ser lançar e sim gerar caixa. A gente está conseguindo desalavancar a companhia. A gente deve lançar mais do que o ano passado. É uma suposição, pelo menos um desejo", disse. Em 2013, os lançamentos totais da Rossi foram de R$ 1,4 bilhão.

Para a velocidade de vendas, a expectativa é de que a linha fique em linha com a do ano passado, quando alcançou 42,5%.

Sob o novo plano estratégico para o triênio de 2013 a 2015, a Rossi planejou dar foco aos segmentos de média e alta renda, com preço médio das unidades entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão.

A receita líquida do primeiro trimestre caiu 10%, para R$ 488,4 milhões. O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Rossi foi de R$ 38,7 milhões no período, alta de 77,2% sobre um ano antes.