Inflação em São Paulo sobe 1,62% em janeiro com transporte, comida e educação
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo encerrou janeiro com alta de 1,62%, após avanço de 0,3% em dezembro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira (3).
O IPC-Fipe mede as variações dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
Transporte é destaque de alta
No mês passado, o destaque ficou para o grupo transportes, em meio ao reajuste de preços, com alta de 4,15% e peso de 0,7178 ponto percentual após avanço de 0,31% em dezembro.
Também pesou em janeiro a alta de 1,57% da alimentação, após subir 0,47% em dezembro, com peso de 0,3584 ponto percentual.
A maior alta de preços foi registrada no grupo educação, com elevação de 6,86% em janeiro, o mês tradicionalmente mais forte neste segmento. O peso no índice, porém, foi menor do que transportes e alimentação, ficando em 0,2446 ponto.
Juros e inflação
O IBGE divulga na sexta-feira os dados do IPCA de janeiro, depois de a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, ter acelerado a alta a 0,89% no mês passado, sob a força dos preços de alimentos e tarifas públicas.
A pressão inflacionária não deve perder fôlego no curto prazo devido aos recentes anúncios de diversas medidas fiscais pela nova equipe econômica, como parte da investida do governo para colocar as contas públicas em ordem.
No atual ciclo de aperto monetário iniciado em outubro, o Banco Central elevou a Selic para os atuais 12,25%, mas na semana passada avaliou através da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que os avanços no combate à inflação ainda não foram suficientes.
A próxima divulgação do IPC-Fipe, referente à primeira quadrissemana de fevereiro, será no próximo dia 10.
(Por Camila Moreira)
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