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Inflação fecha 2014 em 6,41%, acima de 2013, mas dentro do teto da meta

Do UOL, em São Paulo

09/01/2015 09h04Atualizada em 09/01/2015 11h29

A inflação oficial no Brasil fechou 2014 em 6,41%, dentro do limite máximo da meta do governo, puxada principalmente pelos preços de alimentos e moradia. Em 2013, a alta dos preços tinha sido de 5,91%, também dentro do limite máximo. 

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Só em dezembro de 2014, os preços subiram 0,78%, uma aceleração em relação aos 0,51% de novembro.

O objetivo do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos --ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.

Se a inflação passar desse teto, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem que fazer uma carta aberta explicando o motivo do descumprimento da meta.

Inflação acumulada de 27% no primeiro governo Dilma

A última vez em que houve estouro da meta foi em 2003, primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a inflação encerrou a 9,3%.

Em 2011, ano em que Dilma assumiu o governo, o índice ficou exatamente no limite máximo do objetivo.

No primeiro mandato da presidente Dilma, a inflação brasileira somou 27,03%, com alta anual média de 6,17% ao ano.

Energia, alimentos e bebidas ficam mais caros

Segundo o IBGE, as despesas que mais aumentaram no ano passado foram as de habitação, cuja alta acumulada chegou a 8,80%, contra 3,40% em 2013.

Um dos principais fatores foi a alta de 17,06%, em média, da energia elétrica, que tinha caído 15,66% em 2013.

Outro destaque foi a alta de preços de alimentos e bebidas, com alta acumulada de 8,03% --ainda assim, menor que o avanço de 8,48% no ano anterior.

Destacaram-se também os avanços de 8,45% dos preços de educação e de 8,31% de despesas pessoais.

A alta dos preços de serviços também pesou sobre a inflação, apesar de ter moderado ligeiramente, fechando o ano a 8,32%, em comparação com 8,75% no ano anterior.

Inflação das famílias com baixa renda sobe 6,23% no ano

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que calcula a inflação das famílias que recebem de um a cinco salários mínimos, fechou o ano com alta de 6,23%. Em 2013, a alta tinha sido de 5,56%. 

Só em dezembro de 2014, os preços calculados por este índice subiram 0,62% em relação a novembro.

O INPC abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.  

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de outubro a 27 de novembro de 2014 (base).

(Com Reuters)