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Protesto paralisa produção de duas fábricas no Paraná da BRF, dona da Sadia

23.fev.2015 - Protesto fecha parte da rodovia Fernão Dias (BR-381), em Igarapé (MG) - Moisés Silva/O Tempo/Estadão Conteúdo
23.fev.2015 - Protesto fecha parte da rodovia Fernão Dias (BR-381), em Igarapé (MG) Imagem: Moisés Silva/O Tempo/Estadão Conteúdo

23/02/2015 19h48Atualizada em 23/02/2015 20h41

SÃO PAULO (Reuters) - Duas fábricas da empresa de alimentos BRF, em Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, no Paraná, interromperam o processamento de aves por falta de matéria-prima, devido aos protestos de caminhoneiros que atingem o Estado, informou a empresa nesta segunda-feira em nota.

A BRF, uma das maiores exportadoras de alimentos do Brasil, indicou que os protestos em rodovias, que ocorrem também em outros Estados brasileiros, podem trazer sérios problemas para a extensa cadeia de produção que movimenta praticamente todo o ciclo agropecuário, começando pela compra e transporte de grãos para fabricação de ração animal, industrialização e distribuição de alimentos.

Mais cedo, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, disse à agência de notícias Reuters que as manifestações estão causando prejuízos à indústria produtora e exportadora de carne suína e de aves, reduzindo abates de animais e ameaçando as exportações do país.

A BRF disse que "vem fazendo todos os esforços para a continuidade do seu ciclo produtivo, evitando a mortandade de animais nos campos e nos caminhões devido à falta de grãos, bem como a perda de certificações sanitárias e a consequente queda nas exportações, e garantindo o abastecimento de alimentos".

A companhia, maior produtora de carne de aves e suínos do Brasil, acrescentou que bloquear o escoamento dos produtos finais pode provocar o estrangulamento da cadeia produtiva, trazendo prejuízos.

Os protestos são promovidos contra os baixos preços de frete e os custos com combustíveis, prejudicando o transporte de cargas e o escoamento de produtos do agronegócio em diversos Estados brasileiros nesta segunda-feira.

A Petrobras elevou ao final do ano passado os preços do diesel na refinaria, e posteriormente o governo federal reimplementou alguns tributos incidentes sobre os combustíveis, como a Cide, com impacto no valor da bomba.

(Por Roberto Samora)