Lucro líquido do Pão de Açúcar cai 21,3% no 1º tri, a R$192 mi
SÃO PAULO (Reuters) - O Grupo Pão de Açúcar teve queda de mais de 20% no lucro líquido, pressionado pela baixa do resultado do segmento alimentar, e apesar do bom desempenho da empresa de móveis e eletroeletrônicos Via Varejo.
O grupo teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 192 milhões no primeiro trimestre, queda de 21,3% frente ao mesmo período do ano passado, informou nesta quinta-feira. A média dos analistas previa lucro líquido de R$ 246 milhões.
O lucro líquido da companhia foi de R$ 252 milhões , baixa de 25,6% ano contra ano, com aumento de 18,1% das despesas operacionais e queda de 1 ponto percentual da margem bruta.
Excluindo o resultado da empresa de comércio eletrônico Cnova, que começaram a ser consolidados no grupo somente a partir do terceiro trimestre de 2014, o lucro líquido do grupo teria sido de R$ 387 milhões, crescimento de 7,3% na comparação anual.
O resultado do segmento alimentar (Multivarejo e Assaí) reduziu 31,2%, para R$ 118 milhões, enquanto a Via Varejo teve lucro líquido R$ 269 milhões no período, alta de 42,5%.
A receita líquida consolidada subiu 14,8%, para R$ 17,2 bilhões. As vendas mesmas lojas, abertas há mais de um ano, subiram 4%.
No segmento alimentar, a receita líquida subiu 8%, para R$ 8,9 bilhões no trimestre. Para a Via Varejo, a receita líquida ficou estável em R$ 5,4 bilhões.
Já as vendas líquidas da empresa de comércio eletrônico Cnova aumentaram de 17,8%, para 777,4 milhões de euros no primeiro trimestre, mesmo com "a desafiadora situação macroeconômica do Brasil", disse a empresa. No Brasil, as vendas da Cnova subiram 18,3%.
O grupo prevê que nos próximos nove meses, as vendas líquidas da Cnova deverão crescer 19% em comparação com o mesmo período de 2014.
O GPA teve uma melhora do resultado financeiro líquido, que ficou negativo em R$ 281 milhões, queda de 17% ano contra ano.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi de R$ 949 milhões, queda de 9,6% na mesma base de comparação.
(Por Luciana Bruno)
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