Demanda doméstica favorece crescimento da Alemanha no 4º trimestre
BERLIM (Reuters) - A economia da Alemanha quadriplicou sua taxa de crescimento para 0,4% no quarto trimestre de 2016 uma vez que os gastos estatais mais altos e o aumento do consumo privado e da construção mais do que compensaram o peso do comércio exterior, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (23).
Confirmando leitura preliminar, a Agência Federal de Estatísticas informou que as exportações aumentaram 1,8% no trimestre e as importações subiram 3,1%, o que significa que o comércio exterior líquido subtraiu 0,4 ponto percentual do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Os gastos estatais saltaram 0,8%, contribuindo com 0,2 ponto para o crescimento. As autoridades alemãs estão gastando bilhões de euros para acomodar e integrar mais de 1 milhão de refugiados que chegaram desde o início de 2015, muitos de zonas de guerra como Síria e Iraque.
Os gastos das famílias aumentaram 0,3% no trimestre, também colaborando com 0,2 ponto percentual para o PIB nos três meses até dezembro. Os consumidores estão se beneficiando de emprego recorde, alta dos salários reais e dos baixos custos de empréstimo.
O investimento em construção aumentou 1,6% no quarto trimestre, acrescentando 0,2 ponto para o crescimento.
A Alemanha ainda registrou superávit orçamentário recorde no ano passado ajudada pela alta nas receitas tributárias e no emprego e pelos custos baixos da dívida, criando condições para um crescimento econômico sólido em 2017 sustentado por gastos estatais e das famílias mais altos.
O país tem registrado superávit há três anos, com o déficit subindo a 23,7 bilhões de euros em 2016, nível mais alto desde a reunificação em 1990, mostraram nesta quinta-feira dados da Agência Federal de Estatísticas.
Isso criou uma enorme proteção fiscal no momento em que as autoridades estão trabalhando para abrigar e integrar centenas de milhares de imigrantes, e dados separados da Agência de Estatísticas mostraram que os gatos estatais mais altos foram um fator para impulsionar o crescimento econômico a 1,9% no ano passado.
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