Reforma da Previdência e teto de gastos garantem crescimento de 3% e "anos fabulosos", diz Mansueto
SÃO PAULO, 22 Nov (Reuters) - A economia brasileira poderia crescer 3% ou mais e experimentar quatro anos "fabulosos" com a aprovação da reforma da previdência e cumprimento do chamado teto dos gastos, disse o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, nesta quinta-feira (22).
"Fazendo a reforma da Previdência e cumprindo o teto dos gastos, eu não tenho a mínima dúvida, a gente vai ter quatro anos fabulosos, com a economia se recuperando, tranquilamente podendo crescer 3% ou mais", afirmou Mansueto, durante evento em São Paulo, alegando que o ponto de partida é muito baixo.
Ele defendeu também que, para chegar a tal resultado, é necessário simplificar o sistema tributário e disse que não vê espaço para reduzir a carga de impostos cobrados no Brasil.
"Não vejo nenhum espaço para redução de carga tributária no Brasil nos próximos quatro anos. Acho que o grande desafio é reduzir a complexidade do sistema tributário", disse o secretário.
Em sua fala a investidores, Mansueto também pontuou a necessidade de reestruturar carreiras do serviço público e disse que o Brasil terá de eventualmente e "de forma muito madura" revisar a política de reajuste do salário mínimo.
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, tem defendido que ao menos parte da reforma da Previdência seja aprovada ainda neste ano, embora não haja um consenso sobre o tema entre aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Bolsonaro anunciou que Mansueto será mantido no cargo de secretário do Tesouro em seu governo.
A secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, também defendeu a importância da reforma previdenciária e disse que tramitá-la ainda em 2018 economizaria "pelo menos uns seis meses de esforço" do novo governo.
"Entendemos que nesse momento que todo esforço deveria estar concentrado dentro do Congresso em primeiramente, antes de mais nada, aprovar uma reforma da Previdência", afirmou Vescovi, acrescentando que "há ótimas propostas apresentadas".
Segundo ela, será fundamental uma interlocução com o Congresso e o Judiciário na aprovação da Previdência e de outras medidas que possam reduzir gastos.
Não há ainda definição sobre se Vescovi terá algum cargo na equipe econômica de Bolsonaro.
(Edição de Iuri Dantas)
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