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Mastercard fecha escritório em SP após funcionário ter sido diagnosticado com coronavírus

Aluisio Alves

06/03/2020 15h15Atualizada em 06/03/2020 22h20

SÃO PAULO (Reuters) - A Mastercard, uma das maiores empresas de pagamentos do mundo, fechou seu escritório em São Paulo e pediu que seus funcionários trabalhem de casa, como medida preventiva para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

Em comunicado, a companhia afirmou que um funcionário infectado visitou o escritório da Mastercard em Purchase North (Nova York) no início desta semana.

"A conselho das autoridades de saúde pública, fechamos nossos escritórios em São Paulo e Purchase North, que passam por um processo de higienização completa. Além disso, os funcionários que estiveram em contato com o funcionário afetado e estão desenvolvendo os sintomas deverão procurar atendimento médico e trabalhar em casa por 14 dias", afirmou a companhia.

A Mastercard afirmou ainda que suas operações continuam normalmente.

Efeitos do coronavírus nas empresas

Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde confirmou 13 casos de coronavírus no Brasil, aumento de cinco casos em relação à véspera.

O fechamento do escritório da Mastercard ilustra como o setor corporativo no Brasil começa a acusar os efeitos da disseminação global do coronavírus, que nesta semana já teve casos reportados em ao menos 95 países, após ter surgido na China no final de 2019. No mundo, a infecção contaminou mais de 100 mil pessoas e já matou mais de 3.400.

No começo da semana, a XP Investimentos informou que um de seus funcionários foi diagnosticado com o coronavírus após ter viajado à Itália, e determinou que outros funcionários que viajaram para locais considerados de risco trabalhassem de casa por pelo menos 14 dias.

A JBS já avalia que a listagem de suas operações internacionais no mercado acionário dos Estados Unidos, prevista para acontecer neste primeiro semestre, deve atrasar ao menos em algumas semanas devido ao atraso no cronograma de encontros preparatórios com investidores, disse à agência de notícias Reuters uma fonte a par do assunto.

E a empresa aérea Latam Airlines, dona da TAM, suspendeu voos entre São Paulo e Milão diante de baixa demanda, após a disseminação do coronavírus na Itália.

As ações de companhias aéreas nacionais Gol e Azul têm sido destaques de perdas na Bolsa paulista desde a semana passada, refletindo temores do mercado de que a disseminação da doença reduza drasticamente as viagens.

Várias aéreas no exterior têm suspendido voos, com grandes corporações e órgãos internacionais cancelando eventos, como medidas preventivas. Nesta sexta-feira, a associação de montadoras de veículos, Anfavea, cancelou o salão do automóvel de São Paulo deste ano, adiando o evento para 2021.

Enquanto isso, especialistas vêm rapidamente piorando as projeções para a atividade econômica em 2020 como reflexo da epidemia do coronavírus. O próprio IBGE afirmou na quarta-feira que o efeito da doença deve impactar o PIB brasileiro do primeiro trimestre.

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