Presidente do Fed de NY não vê necessidade urgente em cortar juros
Por Michael S. Derby
NOVA YORK (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta quinta-feira que a situação sólida da economia dos Estados Unidos significa que não há motivos urgentes para reduzir os juros no momento.
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"Definitivamente, não sinto urgência em reduzir os juros", dada a atual solidez da economia, disse Williams na Cúpula de Economia Mundial da Semafor, em Washington.
"Temos uma economia forte, queremos uma economia forte, e isso tudo é uma ótima notícia", disse Williams. "Mas isso também significa que os juros que temos não causaram uma desaceleração excessiva da economia", o que defende a manutenção da estabilidade enquanto se trabalha para trazer a inflação de volta à meta de 2%.
Williams, que também atua como vice-presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece a política monetária, disse que continua esperando que as pressões sobre os preços retornem à meta.
"Minha expectativa é que, quando a inflação chegar a 2% de forma sustentada, e a economia estiver em bom equilíbrio, os juros precisarão ser reduzidos em algum momento", disse ele, acrescentando que "o momento em que isso ocorrerá será determinado pela economia".
Ele observou que o caminho para levar a inflação de volta à meta tem sido "um pouco acidentado", mesmo com a tendência geral de enfraquecimento das pressões sobre os preços.
Williams falou em um momento em que uma ampla gama de autoridades do banco central, incluindo o chair do Fed, Jerome Powell, tem se afastado de oferecer orientações sobre a perspectiva de cortes em breve.
As autoridades do Fed, que previram três cortes nos juros em 2024 na reunião de 19 e 20 de março, esperavam um afrouxamento bastante iminente até que dados inesperadamente robustos no início deste ano mostraram que a inflação está se mostrando mais duradoura.
Alguns bancos agora estão projetando que não haverá cortes neste ano, dado o vigor da economia e a inflação acima da meta. Os operadores e investidores têm reduzido o escopo de afrouxamento e adiado as possíveis datas de início de um corte do Fed, que tem mantido os juros na faixa de 5,25% a 5,50% desde julho do ano passado.