'Indicador de medo' de Wall Street liga alerta vermelho após queda de ações

O indicador de ansiedade dos investidores mais observado em Wall Street saltou para uma nova máxima de oito meses nesta segunda-feira, com o mercado acionário dos Estados Unidos ampliando a liquidação da semana passada devido às preocupações com as consequências da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.

O Índice de Volatilidade Cboe - uma medida do nervosismo dos investidores - chegou a saltar 14,82 pontos, para 60,13, maior patamar desde 5 de agosto. O índice, apelidado de "indicador de medo" de Wall Street, depois passou a subir 4,52 pontos, para 49,83, após registrar seu nível de fechamento mais alto em cinco anos na sexta-feira.

O índice subia enquanto os principais índices acionários de Wall Street abriram em forte queda, com o S&P 500 perto de confirmar que está em "bear market" - uma queda de 20% em relação à máxima recorde.

O índice de referência recuperou terreno e era negociado em alta de 0,7% em dia de forte instabilidade depois que a CNBC informou que as autoridades da Casa Branca não estavam cientes de que Trump estaria avaliando uma pausa de 90 dias nas tarifas para todos os países, exceto a China.

"O episódio das tarifas definitivamente elevou o VIX para o território do pânico", disse Jim Carroll, gerente de portfólio da Ballast Rock Private Wealth.

"A grande questão agora é quando nos recuperaremos e com que rapidez", disse ele.

O VIX registrou um salto recorde em agosto, quando os investidores correram para se proteger contra a volatilidade do mercado durante uma liquidação global alimentada por temores de recessão nos EUA. No entanto, o índice registrou um recuo recorde, já que os investidores voltaram rapidamente a estratégias que apostam na baixa volatilidade das ações.

"É provável que a resolução das tarifas seja demorada, portanto, não creio que veremos o rápido colapso da volatilidade que ocorreu em agosto passado", disse Carroll.

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