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Sem Correios, população recorre a motoboys e empresas de entrega

05/10/2011 18h39

BRASÍLIA - A paralisação dos Correios levou milhares de pessoas a buscar uma alternativa para entregas de encomendas. Marco Aurélio de Carvalho, advogado da Abrapost, associação que representa as franquias dos Correios, afirma que, com a paralisação, que já dura 22 dias, muita gente está recorrendo a serviços de companhias de motoboy e de companhias especializadas em entrega rápida, como Fedex, DHL e TNT.

"Naturalmente, as franquias dos Correios estão sentindo a queda de demanda. Calcula-se que a procura por essas empresas especializadas já cresceu cerca de 50% desde o início da greve", diz Carvalho.

A situação é confirmada pelo Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP).

"Aumentou muito a procura pelos motoboys. As empresas estão sentindo uma demanda muito forte", diz Gerson Silva, vice-presidente do SindimotoSP, que representa 10 mil motoboys na capital paulista.

O receio das franquias dos Correios é de que, ao contratarem outras prestadoras de serviço, os consumidores migrem de vez para essas empresas, abandonando o serviço prestado pela estatal.

Os Correios têm 140 milhões de objetos parados em suas unidades pelo país. No último fim de semana, um mutirão nacional organizado pela estatal entregou 13 milhões de cartas e encomendas pelo país. Uma das empresas mais antigas do país, os Correios costumam mencionar pesquisas com a população, que apontam a estatal como uma das empresas mais confiáveis do país em prestação de serviço.

(André Borges | Valor)