Aprovada a criação da Associação Brasileira de Proteína Animal
Assembleias da Ubabef (União Brasileira de Avicultura) e da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína) aprovaram hoje a criação da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que, a partir de agora, vai representar os setores de aves, suínos e ovos.
A nova associação é resultado da junção da Ubabef e da Abipecs, extintas a partir de agora.
Conforme comunicado divulgado nesta segunda-feira (24), Francisco Turra, que era presidente da Ubabef, foi indicado para assumir o cargo de presidente-executivo da nova entidade. A ABPA terá duas vice-presidências: de aves, que será ocupada pelo ex-diretor de mercados da Ubabef, Ricardo Santin; e de suínos, que ficará com ex-presidente da Abipecs, Rui Vargas.
A ABPA será a maior entidade representativa do setor de proteína animal do Brasil, com 132 associados, segundo o comunicado. A meta é chegar a 150 associados.
De acordo com a ABPA, as cadeias produtivas de aves e suínos têm juntas um "Produto Interno Bruto" total de R$ 80 bilhões, e geram 1,756 milhão de empregos diretos. Entre postos diretos e indiretos, são 4,155 milhões de pessoas.
As exportações dos dois setores somaram quase US$ 10 bilhões em 2013, ou 4,1% das exportações totais do Brasil e 10% das exportações do agronegócio brasileiro, informa o comunicado.
De acordo com Francisco Turra, a ideia da nova entidade partiu de empresas com produção de aves e suínos, para dar mais força institucional à cadeia da proteína animal brasileira no mercado interno e nas exportações.
"O objetivo foi construir uma entidade com representatividade ainda maior, que viabilizasse sinergias e ampliasse o papel político-social das antigas associações. São cadeias com demandas similares em vários aspectos, e que contam com modelos produtivos semelhantes e desafios equivalentes", disse, no comunicado.
Segundo Rui Vargas, todos os elos deverão ser beneficiados com a unificação, pois "a tendência é o fortalecimento dos dois segmentos e a melhora dos seus respectivos desempenhos em todos os aspectos - técnicos, econômicos e políticos".
De acordo com Ricardo Santin, "a ABPA seguirá um modelo de governança transparente e democrático, com câmaras temáticas que contemplarão grupos de trabalho separados para aves e suínos, trabalhando juntos nas questões de interesse de ambas as cadeias produtivas".
Ele afimou que haverá paridade de votos nos conselhos para garantir equilíbrio de forças entre pequenas e grandes empresas da avicultura e da suinocultura.
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