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Economistas veem PIB mais baixo e inflação maior em 2014, aponta Febraban

13/06/2014 15h10

Economistas de bancos reduziram suas estimativas para o crescimento da economia brasileira neste ano de 1,8% para 1,4%, de acordo com a Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado. Para 2015, a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,2%, previstos em abril, para 1,7%.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ouviu 28 economistas de bancos no período de 06 a 10 de junho. A revisão foi motivada por um ritmo menor da atividade, em especial a industrial, menor que o esperado, diz a entidade, em nota. A expectativa para a produção industrial caiu de aumento de 1,6% para 1,1% neste ano, e de 2,3% para 1,8% no próximo. Já o crescimento do PIB industrial foi revisado de 1,6% para 0,4% em 2014, e de 2,1% para 1,5% em 2015.

Ao mesmo tempo, a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,3% para 6,41% em 2014, e de 6% para 6,1% em 2015.

"Entre os economistas, a opinião se dividida entre os que acreditam que as medidas recentes e a atividade mais fraca serão suficientes para ancorar as expectativas e conter as pressões inflacionárias (46%) e aqueles que acreditam que serão necessárias medidas adicionais (fiscais e monetárias) para tal efeito se materializar (54%)", diz a entidade. Já a expectativa para o IGP-M recuou para 6,37% em 2014, de 7,0% na pesquisa anterior e para 5,77% em 2015, de 5,90%;

Apesar da expectativa de inflação deteriorada, 75% dos economistas acreditam que a taxa Selic seguirá em 11% ao ano até o fim de 2014, ante uma previsão de 11,25% na pesquisa anterior. Para 2015, a expectativa recuou a 11,75%, de 12%.

A taxa de câmbio também apresenta uma expectativa menor para R$ 2,39 em 2014 e R$ 2,45 em 2015, de R$ 2,44 e R$ 2,49, respectivamente.

Estimativas fiscais

As projeções fiscais não mudaram, com superávit primário esperado em 1,5% em 2014 e 2,1% em 2015. A expectativa para a relação dívida líquida/PIB também ficou estável em 34,6% para 2014 e em 34,8% para 2015. O déficit nominal esperado para 2014 permaneceu em 3,7%, mas recuou para 3,4% em 2015, de 3,6% na pesquisa anterior.

O déficit em transações correntes previsto aumentou para U$ 77,6 bilhões em 2014, de U$ 75,4 bilhões anteriormente, mas deve recuar em 2015, para U$ 71,9 bilhões. Por outro lado, o investimento direto estrangeiro (IED) esperado em 2014 avançou para US$ 58,5 bilhões, de US$ 57,2 bilhões e deve se manter ligeiramente abaixo desse patamar em 2015, em US$ 56,1 bilhões.