Ações da Oi lideram quedas do Ibovespa e atingem menor preço histórico
As ações preferenciais da operadora de telecomunicações Oi (OIBR4) lideraram as perdas do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, por todo o pregão. Os papéis encerraram o dia com desvalorização de 7,18%, cotados a R$ 1,81, seu menor preço histórico. Os papéis ordinários (OIBR3) recuaram 5,77%, para R$ 1,96.
A queda acompanhou a baixa das ações da Portugal Telecom, dona de 32% da brasileira após aumento de capital ocorrido em abril. Os papéis da operadora europeia caíram 4,7%, a 2,55 euros, no pior desempenho da bolsa de Lisboa, por temores de que a compra de dívidas do Grupo Espírito Santo traga efeitos negativos para o desempenho financeiro e para a reputação da companhia.
A Portugal Telecom, que tem o Banco Espírito Santo (BES) como maior acionista, confirmou em comunicado um investimento de 897 milhões de euros em notas promissórias da Rio Forte Investments, do Grupo Espírito Santo, antes da fusão entre a portuguesa e a brasileira Oi. Os papéis vencem nos dias 15 e 17 de julho.
A desconfiança de que o grupo financeiro português tenha pedido à Portugal Telecom para realizar aportes que o ajudariam a manter o patrimônio equilibrado levou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a iniciar uma investigação sobre as empresas. O aluguel de ações da operadora de telefonia foi proibido.
O desconforto causado pelo investimento em papéis da Rio Forte pode ter sido a razão para o afastamento de dois membros do conselho de administração da Portugal Telecom. A operadora anunciou hoje a saída de Fernando Magalhães Portella e Otávio Marques de Azevedo.
Azevedo é presidente da Andrade Gutierrez, multinacional brasileira de negócios diversificados. Portella é presidente da Jereissati Participações, dona da La Fonte Telecom e da administradora de shoppings Iguatemi.
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