Além de indicar investir mais em renda fixa e se manter longe das estatais, Bruno Brostoline, analista de Crédito da Ativa Investimentos, indica cautela com as empresas de small caps — classe de empresas negociadas na Bolsa que possuem menor valor de mercado. Para o especialista, essas companhias podem apresentar um risco maior neste momento.
O analista da Ativa Investimentos também desaconselha aportes no setor imobiliário, sujeito à sentir uma queda na demanda neste período. Outro investimento para fugir são aqueles atrelados ao câmbio, "que, assim como pode disparar [de valor], pode cair, como se viu em março".
Outro investimento arriscado em ano de eleição são os BDRs, os Brazilian Depositary Receipts — como são chamados os recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na Bolsa brasileira. Como eles estão atrelados à moeda nas quais as Bolsas operam, como o dólar, também estão sujeitos a sofrer em caso de variação cambial.
Títulos de renda fixa com componentes prefixados também tendem a flutuar mais no período, diz Igor Cavaca, gestor da Warren Asset Management.
Já Asdourian, da Guardian Gestora, pede cautela com ativos de empresas com elevado nível de endividamento, chamado no mercado de alta alavancagem. Isso porque, se essas companhias precisarem refinanciar suas dívidas em momentos de mercado estressado, elas poderão estar expostas a quedas significativas: há o risco de não conseguirem a renegociação, ou de se submeterem a condições que podem não ser as melhores.