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Satisfação do cliente ou do bolso do dono guiam as decisões da empresa

Marco Roza

Colunista do UOL

08/04/2015 06h00

Empreender é sobreviver e ajudar a organização a ter vida longa, ao ser capaz de se realimentar dos lucros que gera. A responsabilidade de sobrevivência de uma organização é sempre do empreendedor, que deve assumir o ônus de ser proativo para mobilizar e motivar a equipe.

Uma boa inspiração nos vem dos comissários de bordo no avião: “Em caso de despressurização, as máscaras cairão. Coloque a máscara primeiro em você e depois na pessoa ao seu lado, se ela precisar de ajuda”.

Empreender é também voar em turbulência permanente. Daí a importância de a liderança da empresa acumular expertises que se manifestem na hora que a tripulação e os passageiros precisarem dele (ou dela).

Ou seja, ao se avaliar a expertise e a qualificação do dono se percebe que o sucesso do empreendimento depende também de como esse líder executa o seu próprio plano de voo (ou de negócio).

E aí indagamos: você se preocupa com a satisfação de sua clientela ou com o seu próprio bolso?

Dependendo apenas dessas duas escolhas é que se desenhará o DNA de uma empresa e será possível avaliar as intervenções do principal executivo nos momentos de crise (ou turbulência).

Porque nas horas de decisões futuras (necessárias tanto na calmaria quanto nas tempestades) o que determinará os rumos a serem seguidos serão as expectativas de satisfação da clientela ou o quanto de dinheiro sobra nos cofres da empresa.

Se o executivo principal pensar apenas no próprio bolso, as decisões mais óbvias que adotará implicarão em economia nos processos, em corte de pessoal, em redução de custos de insumos.

Além do corte de publicidade, suspensão do treinamento de pessoal, interrupção no relacionamento com os principais clientes etc. Ou seja, mesmo nas dificuldades sobrarão uns trocados no bolso do patrão.

A outra hipótese é pensar na satisfação do cliente. Nesse caso, tanto na crise quanto nas boas fases, vai predominar a criatividade, a inventividade e a capacidade que popularmente se diz: “tirar leite de pedra”.

O líder vai se esforçar ao máximo para manter e ampliar a dedicação e entrega de cada um dos profissionais de sua equipe. Se empenhará para acelerar a sinergia que alimentará a criatividade da organização, que, por tabela, ampliará as chances de achar as saídas que confirmarão a sobrevivência.

As duas escolhas são legítimas e são adotadas cotidianamente. Resta saber quais são as que mais motivam você, como empreendedor, na condução de sua empresa.