Artesãs vendem peças para todo o Brasil com uma ajudinha das redes sociais
Quando Josiane Belli Martins passava os dias vendo a tia Valdete fazendo crochê, não imaginava que a inspiração viraria a ser seu negócio tempos depois. Hoje, com 40 anos, ela é dona do ateliê Josi Belli Crochê, em Curitiba (PR) e comercializa suas peças para todo o Brasil por meio da internet.
O que aconteceu
Tapetes e colchas de crochê. Ela produz jogos de tapetes para banheiro, cozinha e colchas para cama de solteiro e de casal. Uma colcha demora cerca de uma semana para ser confeccionada. Já os tapetes, ela consegue fazer em média dois jogos por semana.
Colchas e tapetes são minhas especialidades, mas se chega uma pessoa e pede um americano, por que não fazer?
Josiane Belli Martins, dona do Josi Belli Crochê
De R$ 180 a R$ 1.200. As colchas custam, em média, R$ 1.200, dependendo do tamanho, e os jogos de tapetes entre R$ 380 e R$ 550, dependendo do tamanho.
Começo difícil, mas a produção hoje está a todo vapor. Ela conta que começa a trabalhar às 6 horas da manhã para dar conta da produção. "Já passei por perrengue, fazendo três jogos de tapetes por mês vendendo a R$ 200. Foi uma fase difícil, mas a gente vai crescendo, aprendendo e conquistando espaço."
Internet como ferramenta de vendas. Suas vendas estão concentradas no seu perfil @josibellicroche na rede social Instagram. "Estranhamente, minha clientela é de fora de Curitiba", diz.
Maternidade fez artesãs investirem no crochê
Nascimento dos filhos impulsionou negócio. As artesãs Erika Lima, 40, e Gessica Aparecida da Silva Roque, 31, começaram a produzir peças de crochê após o nascimento dos filhos.
Flexibilidade e renda. O motivo é a flexibilidade de um trabalho em casa para conciliar o cuidado das crianças com uma atividade remunerada. Erika é dona do Ateliê Mãe que Tricota e produz bonecos de crochê.
Sempre gostei de fazer bonecos de crochê e foi uma forma que encontrei para controlar a minha ansiedade. Uma amiga viu um que fiz para o meu filho, gostou e encomendou um para ela. Daí eu comecei a produzir como fonte de renda.
Erika Lima, dona do Ateliê Mãe que Tricota
Bonecos custam de R$ 150 a R$ 180. Erika diz que faz, em média, 16 bonecos de 30 centímetros por mês. Eles custam entre R$ 150 e R$ 180. Ela divide seu tempo entre produção e o tratamento médico do filho, que exige sessões de fisioterapia e outras terapias.
Crochê no período que filho ficou na UTI. "Ele nasceu com uma deficiência e, no primeiro ano, teve várias internações e ficava muito na UTI. Eu comecei a fazer crochê como uma válvula de escape nesse período."
Produção paga plano de saúde do filho. Erika conta que foca a produção de bonecos no valor do plano de saúde do filho. "Eu calculo quantos bonecos eu preciso fazer e vou recebendo as encomendas. Não produzo mais porque o tratamento dele demanda muito tempo."
Canal no YouTube é a próxima meta. Suas vendas são concentradas no seu perfil @maequetricota no Instagram. Seu próximo passo é criar um canal no YouTube para dar aulas.
Newsletter
POR DENTRO DA BOLSA
Receba diariamente análises exclusivas da equipe do PagBank e saiba tudo que movimenta o mercado de ações.
Quero receberGessica criou o Ateliê Gessica Crochê há três anos, quando a filha nasceu.
Eu comecei a assistir vídeos sobre crochê e aprendi a fazer tudo. No começo, foi difícil porque eu fazia tudo sozinha. Às vezes os pontos não davam certo, e eu não tinha quem me orientasse para desmanchar e fazer de volta.
Gessica Aparecida da Silva Roque, dona do Ateliê Gessica Crochê
Tapetes para banheiro e cozinha. Gessica produz 15 jogos de tapetes para banheiro e cozinha peças por mês. Os de banheiro custam a partir de R$ 120 e os de cozinha a partir de R$ 190. Suas vendas são concentradas no Instagram e Facebook pelo perfil @ateliegessica_croche. "Ainda não consegui um salário mensal com a produção, mas vejo que as vendas estão crescendo."
Onde encontrar?
Josi Belli Crochê: @josibellicroche no Instagram
Mãe que Tricota: @maequetricota no Instagram
Ateliê Gessica Crochê: @ateliegessica_croche
Deixe seu comentário