A província argentina de La Rioja optou por criar sua própria alternativa ao peso devido à redução de repasses federais pelo governo ultraliberal de Javier Milei.
O corte de repasses e contribuições federais deixou La Rioja sem recursos para pagar salários, especialmente considerando a predominância de empregos formais no setor público.
A província enfrentava uma crise, incluindo protestos de policiais e profissionais de saúde. A nova moeda, chamada bocade, será usada para quitar 30% dos salários estatais.
O Parlamento provincial de La Rioja aprovou a emissão equivalente a 22,5 bilhões de pesos na quase-moeda bocade para lidar com a crise salarial.
O governador Ricardo Quintela, da oposição peronista, justificou a medida como uma resposta à rapidez e brutalidade do ajuste implementado em 20 dias pelo governo de Milei.
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O presidente argentino, Javier Milei, comemorou a iniciativa, destacando a competição entre moedas provinciais. Ele defendeu um esquema com competição livre de moedas.
Uma disputa entre o governo federal e a província envolve uma dívida vinculada a impostos federais de 9,3 bilhões de pesos, atualmente em discussão na Suprema Corte.
Desde 2001, a Argentina tem experimentado várias quase-moedas em circulação devido à crise econômica. Em 2004, estas foram absorvidas pelo Estado nacional.
Marcos Brindicci/ Reuters
Milei destacou que, em caso de crise, o governo federal não irá resgatar as moedas provinciais, reforçando a autonomia nessa iniciativa.
Além das moedas provinciais, a Argentina possui mais de 10 tipos de câmbio diferentes, cada um destinado a uma finalidade específica.
Javier Milei comentou sobre a criação da moeda durante sua participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
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