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Desemprego fica estável no mês, a 7,6%; é o maior para setembro desde 2009

Do UOL, em São Paulo

22/10/2015 09h07

O desemprego em setembro permaneceu em 7,6%, o mesmo resultado do mês anterior. A taxa é a maior para setembro desde 2009, quando era de 7,7%. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O instituto estimou 1,9 milhão de pessoas desempregadas nas regiões pesquisadas. O número não teve variação na comparação com agosto, mas cresceu 56,6% em relação a setembro de 2014, com 670 mil pessoas a mais procurando trabalho.

A população empregada também ficou estável em setembro, com 22,7 milhões, mas teve queda de 1,8% em um ano, com 420 mil pessoas a menos. 

Os dados fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

No mês, desemprego caiu em São Paulo

Na comparação com agosto, o desemprego em São Paulo caiu de 8,1% para 7,3%. No Rio de Janeiro, subiu de 5,1% para 6,3%. Nas outras regiões, ficou estável, segundo o IBGE.

Em um ano, todas as regiões tiveram aumento no desemprego: no Recife, a taxa passou de 6,7% para 10,4%; no Rio de Janeiro, de 3,4% para 6,3%; em São Paulo, de 4,5% para 7,3%; em Salvador, de 10,3% para 13%; em Belo Horizonte, de 3,8% para 5,9%; e em Porto Alegre, de 4,9% para 6,3%.

409 mil carteiras assinadas a menos em um ano

O número de carteiras assinadas no setor privado também permaneceu estável em setembro, ficando em 11,3 milhões. A queda na comparação com o mesmo período do ano passado foi de 3,5%, com 409 mil carteiras a menos.

Na análise por regiões, Belo Horizonte (-5,6%) e São Paulo (-3,5%) tiveram queda no número de trabalhadores com carteira em um ano. As seis regiões mostraram estabilidade frente a agosto. 

Rendimento médio cai a R$ 2.179,80

O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.179,80 em setembro. O resultado é 0,8% menor do que o de agosto (R$ 2.196,54) e 4,3% a menos do que em setembro de 2014 (R$ 2.278,58).

Regionalmente, em relação a agosto, o rendimento subiu em Belo Horizonte (5,7%), Recife (1,9%) e São Paulo (0,8%); e caiu no Rio de Janeiro (-5,1%), Salvador (-3,2%) e Porto Alegre (-1,7%).

Frente a setembro de 2014, o rendimento diminuiu em cinco regiões: Porto Alegre (-7,7%); Recife (-7,1%); Rio de Janeiro (-5,5%); São Paulo (-4,4%); Salvador (-1,3%). Em Belo Horizonte, o rendimento ficou estável.

IBGE vai acabar com PME

Em 2016, o IBGE vai acabar com a PME e com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário. Das três pesquisas mensais com dados de emprego, apenas a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua seguirá.

Segundo o instituto, a Pnad Contínua é mais abrangente que as outras duas pesquisas. Na última, com dados do trimestre encerrado em julho, o desemprego subiu a 8,6%.

A última coleta da PME está programada para acontecer em fevereiro, com divulgação prevista para março.