Com queda nos juros, veja quais investimentos ainda rendem 1% ao mês
Após a queda mais recente da taxa básica de juros, a Selic, está chegando ao fim a era dos investimentos de renda fixa que rendem 1% ao mês líquido de imposto.
Ao fazer uma pesquisa para esta coluna, encontrei apenas uma aplicação de baixo risco com essa rentabilidade. Para conseguir um ganho maior, já é necessário correr mais risco.
Qual investimento de baixo risco rende 1% ao mês
O único investimento de baixo risco que encontrei com rentabilidade de 1% ao mês foi um CDB prefixado emitido pelo Banco Paulista. Disponível nas corretoras Rico e XP, esse CDB tem uma rentabilidade bruta de 14,9% ao ano e um prazo de 740 dias. Descontando o Imposto de Renda, o título renderá 12,7% ao ano, o que dá exatamente 1% ao mês.
O fato de eu não ter encontrado outro investimento com essa taxa não significa que não exista. Em minha pesquisa tomei como base um investimento inicial de R$ 1.000. Caso você tenha uma quantia maior para aplicar, é possível que encontre opções com uma rentabilidade até um pouco maior, nessas ou em outras corretoras.
Também é preciso observar que o banco emissor do CDB citado (Banco Paulista) é relativamente pequeno. Por isso, esse investimento só é realmente de baixo risco se você não ultrapassar o valor de R$ 250 mil. Se o banco emissor quebrar, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) se compromete a pagar o que for de direito dos investidores, até o limite de R$ 250 mil. Acima desse limite, o prejuízo tende a ficar por conta do investidor.
Tenha em mente, também, que o limite de R$ 250 mil é por banco emissor, não por corretora. Então, não adianta investir, por exemplo, R$ 200 mil no CDB do Banco Paulista via corretora XP e mais R$ 200 mil via Rico. Desses R$ 400 mil investidos, o FGC só cobrirá R$ 250 mil, ficando o restante (R$ 150 mil) por conta e risco do investidor.
Outros investimentos com rendimento de 1% ao mês
Existem investimentos que podem oferecer um retorno líquido de 1% ao mês ou até mais, mas têm risco mais alto. É o caso, por exemplo, dos fundos de investimento imobiliário (FIIs) e das ações. No entanto, essas duas modalidades apresentam uma imprevisibilidade muito maior em comparação com CDBs, LCAs, LCIs e outras aplicações de renda fixa.
Isso posto, alguns FIIs, como SARE11, HGCR11 e BRTA11 apresentam, atualmente, um retorno em dividendos acima de 1% ao mês. Apenas saiba que esse valor pode variar a qualquer momento, tanto para cima quanto para baixo, sendo bem diferente, portanto, de uma aplicação de renda fixa de baixo risco, como é o caso do CDB.
No mercado de ações, a volatilidade é altíssima. Diversos papéis podem acabar tendo uma rentabilidade média de 1% ao mês nos próximos meses, mas isso é muito difícil de prever.
As ações também podem gerar um retorno de 1% ao mês na forma de dividendos, mas são poucas as que apresentam esse retorno atualmente. Podemos tomar como exemplo, mas não como recomendação, a Gerdau (GGBR3, GGBR4), o Banco BMG (BMGB4) e a CSN (CSNA3).
Vale reforçar que o comportamento das ações é ainda mais volátil que o dos fundos imobiliários. Não há a menor garantia de que tais companhias continuarão distribuindo proventos no ritmo atual. Antes de investir em FIIs ou ações, é importante estar ciente dos riscos e consultar relatórios elaborados por analistas.
Alguma dúvida?
Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua pergunta poderá ser respondida em breve nesta coluna.
Deixe seu comentário