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Commodities: Brent tem maior alta em quatro anos; café e açúcar se valorizam

10/10/2014 17h08

LONDRES, 10 Out 2014 (AFP) - Os preços do Brent caíram nesta semana diante da ampla oferta e das preocupações da demanda com a incerteza da economia global.

Muitas commodities foram afetadas por dados econômicos negativos, particularmente na Alemanha, depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou sobre o risco de recessão na zona do euro.

Já o mercado de café atingiu a maior alta em dois anos como resultado de uma forte seca no Brasil, principal produtor do mundo.



PETRÓLEO: os preços do Brent recuaram para o menor valor em quatro anos nesta sexta-feira, prolongando um movimento de queda, causada pelo excesso de oferta e pelas preocupações com uma contração da demanda.

"O mercado continua recuado após as notícias sobre a economia da Europa, em especial da Alemanha, e as preocupações com um baixo crescimento econômico", disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Na última quinta-feira, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que há entre 35% e 40% de chance de a zona do euro voltar à recessão, se nada for feito para prevenir esse risco.

Os preços do petróleo também caíram em função dos amplos estoques globais, com a produção de xisto nos Estados Unidos e o retorno da Líbia ao mercado.

Nos Estados Unidos, um relatório do Departamento de Energia apontou para um aumento dos estoques de cru do país, indicando uma contração da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.

Nesta sexta-feira, o Brent do Mar do Norte para entrega em novembro caiu para 89,85 dólares o barril, enquanto no New York Mercantile Exchange, o light sweet crude para entrega no mesmo mês ficou em 85,68 dólares o barril.



- Ouro em alta - METAIS PRECIOSOS: após semanas de queda, o ouro ganhou terreno, como alternativa às oscilações do dólar.

Uma desvalorização do dólar tornou o preço das commodities mais barato para compradores com divisas mais fortes. Além disso, o ouro também é considerado uma aposta segura pelos investidores em tempos de incerteza econômica.

Nesta sexta-feira, no London Bullion Market, o preço do ouro subiu para 1.219 dólares a onça em comparação aos 1.195 dólares da semana anterior. A prata subiu de 16,97 dólares a onça para 17,26 dólares.

No London Platinum and Palladium Market, a platina subiu sete dólares, de 1.249 dólares para 1.256 dólares a onça. O paládio subiu de 763 dólares a onça para 784 dólares.



METAIS INDUSTRIAIS: os metais tiveram alta nesta semana, mas seus ganhos foram acompanhados pelas incertezas sob a perspectivas da economia mundial.

Nesta sexta-feira, no London Metal Exchange, o cobre para entrega em três meses subiu para 6.631,50 dólares a tonelada em comparação aos 6.625 dólares da semana anterior.

O alumínio para entrega no mesmo prazo avançou para 1.923,75 dólares; o chumbo caiu para 2.059,25 dólares a tonelada; o estanho caiu para 19,961 dólares; o níquel subiu para 16.462 dólares a tonelada; e o zinco, para 2.313,75 dólares a tonelada.



- Café e açúcar mais caros - CAFÉ: os preços do Arábica atingiram o maior nível desde 2012, graças a uma seca nas colheitas do Brasil, maior produtor do mundo.

O Arábica avançou para 225,50 centavos de dólar o quilo, valor mais alto desde janeiro de 2012. O Robusta teve a maior alta em sete meses, a 2.200 dólares por tonelada.

Nesta sexta-feira, no ICE Futures US, o Arábica para entrega em dezembro chegou a 220,80 centavos o quilo. No LIFFE, o Robusta para novembro ficou em 2.186 dólares a tonelada.



AÇÚCAR: o mercado de açúcar se recuperou das quedas recentes com as preocupações a respeito da seca no Brasil.

Nesta sexta-feira, no LIFFE, o preço da tonelada de açúcar refinado para entrega em dezembro subiu para 425,10 dólares, em comparação com os 422,80 dólares da semana anterior.

No ICE Futures US, o preço do açúcar sem refino para entrega em março subiu para 16,63 centavos de dólar em comparação com os 16,21 centavos da semana passada.



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