Elliott propõe investimento de R$ 9 bi na Oi, dizem fontes
(Bloomberg) -- O fundo americano Elliott Management está propondo um investimento de até R$ 9 bilhões (US$ 2,9 bilhões) na operadora de telefonia brasileira Oi para reestruturar sua dívida e tirá-la da situação de recuperação judicial, segundo duas pessoas com conhecimento direto do assunto.
O plano, discutido informalmente por representantes do Elliott com a companhia, prevê injeção de R$ 4 bilhões para investimentos e de até R$ 5 bilhões para compra de dívidas de detentores de títulos de dívida externa dispostos a vender, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque o plano ainda não é público. Os detentores dos eurobônus teriam também a opção de converter títulos em ações ou em novos títulos, que seriam emitidos com desconto de 70 por cento no valor de face e cupom de cerca de 9 por cento, disseram as pessoas.
Se o plano prevalecer, os atuais acionistas ficariam com entre 5 por cento e 10 por cento da empresa, enquanto o Elliott ficaria com uma fatia de 51 por cento ou mais. Os detentores de títulos da dívida externa ficariam com a participação restante, de até 40 por cento a 45 por cento da empresa, disseram as pessoas. Pela proposta do Elliott, os empréstimos com bancos da Oi teriam carência de principal e juros por cinco anos.
A proposta, que será divulgada nos próximos dias, já foi apresentada informalmente à companhia, disseram as pessoas. Alguns executivos do Elliott estão no Brasil desde a semana passada para manter conversas informais com credores, disseram as pessoas.
A Oi e a Elliott preferiram não comentar o assunto.
Para conseguir aprovação para seu plano, o Elliott precisará do apoio dos credores e acionistas da Oi. O grupo de credores com a maior fatia das dívidas, assessorado pela Moelis e pela FTI Consulting, apresentou seu próprio plano para a Oi no mês passado, juntamente com o bilionário egípcio Naguib Sawiris. O fundo de gestão de ativos distressed Cerberus Capital Management também está preparando uma proposta para apresentar à companhia, que por sua vez está trabalhando separadamente em seu próprio plano de recuperação.
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