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Dilma: Brasil ressurge como grande construtor naval mundial

11/09/2013 21h01

Rio de Janeiro, 11 set (EFE).- A presidente Dilma afirmou nesta quarta-feira que as políticas de incentivo aos estaleiros nacionais permitiram o ressurgimento da indústria naval e ajudaram ao Brasil a recuperar sua condição de um dos maiores construtores navais em nível mundial.

Dilma destacou o ressurgimento de uma indústria que praticamente tinha sido desmontada no país durante visita ao estaleiro Inhaúma no Rio de Janeiro, onde está sendo construída uma nova plataforma marítima da Petrobras.

"Durante muito tempo lutamos para que a indústria naval brasileira pudesse ressurgir e hoje vim aqui e constatei nossa capacidade de produção", comemorou. "Podemos mostrar ao mundo que aquela que foi a segunda maior indústria naval nos anos 80 ressurgiu e voltará a ser uma das mais importantes", acrescentou.

A presidente lembrou em 2003, quando ainda era ministra das Minas e Energia do governo Lula, o Brasil só contava com dois mil trabalhadores na indústria naval.

"Hoje são 70 mil trabalhadores. Os empregos antes não eram gerados no Brasil, mas no Japão, Coreia ou Cingapura", afirmou, ao se referir à antiga política da Petrobras de encomendar suas embarcações e plataformas a países asiáticos.

A partir do governo Lula (2003-2010), o Brasil iniciou uma política de nacionalização das encomendas da indústria petrolífera que beneficia os estaleiros nacionais e praticamente obriga os internacionais a montar unidades no país.

Às críticas ouvidas durante essa mudança de política, Dilma recordou: "diziam que era impossível ou muito caro construir plataformas no Brasil, abrir estaleiros, gerar empregos para os metalúrgicos na indústria naval. Que isso era um sonho e que estávamos loucos".

"Agora vejo aqui o acerto de nossa decisão de construir todo o possível aqui", comemorou durante a visita à plataforma petrolífera P-74.

Inhaúma é um antigo estaleiro desativado que a Petrobras assumiu para fabricar parte das infraestruturas necessárias para a exploração das gigantescas reservas do pré-sal.

No mesmo local a Petrobras planeja transformar os cascos de antigos navios em quatro novas plataformas marinhas, cada uma com capacidade para explorar e armazenar 150 mil barris diários de petróleo.

Segundo Dilma, ao confiar que o Brasil pode produzir plataformas, sondas e tudo o que a indústria petrolífera consome e demanda, o governo conseguiu fazer voltar a flutuar a indústria naval e gerar milhares de empregos qualificados no país.

O pré-sal, segundo Dilma "representa um passaporte para o futuro" do Brasil, não só pelas riquezas geradas para a indústria petrolífera e naval, mas porque financiará a educação.

Ela fazia referência à lei sancionada na segunda-feira que destina 75% dos royalties da extração do petróleo do pré-sal à educação.

A presidente afirmou que o Brasil terá que construir entre 15 e 17 novas plataformas petrolíferas apenas para explorar o Campo de Libra, uma gigantesca jazida no pré-sal que será licitada este ano. EFE

cm/cd