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Grécia vive quinta greve geral do ano contra os cortes de Governo

06/11/2013 07h58

Atenas, 6 nov (EFE).- A Grécia vive nesta quarta-feira sua quinta greve geral do ano contra as medidas de ajuste do Governo de Antonis Samaras, uma greve que da mesma forma que as anteriores afeta basicamente o setor público, com funcionamento normal do comércio.

Desde a meia-noite estão atracados no porto todas as embarcações e não circulam ônibus, trolebus e trens, enquanto os metros e bondes funcionam normalmente.

Os controladores aéreos farão uma greve de três horas, entre as 12h e as 15h local (8h e 11h, horário de Brasília), e até as 16h local (12h, horário de Brasília) o pessoal aeroportuário, o que levou a alguns cancelamentos e várias modificações de horários.

O aeroporto de Atenas modificou os horários de 20 voos internacionais e de mais 40 voos nacionais.

Durante as três horas que durará a greve dos controladores, só serão despachados os voos de emergências de hospitais e os de aviões militares que participam de manobras já programadas.

Os hospitais só oferecem durante toda a jornada serviços mínimos, enquanto permanecem fechados colégios e universidades, tribunais e a maioria de escritórios municipais.

A greve, convocada pelas duas principais confederações sindicais, GSEE que representa o setor privado, e ADEDY, o público, é dirigido contra uma série de medidas aprovadas pelo Governo, como os cortes nos direitos trabalhistas, a abolição de fato dos convênios coletivos, a demissão ou mudança forçada de funcionários e a privatização de empresas públicas.

Os representantes sindicais exigem, além disso, a abolição da parte do imposto sobre bens imóveis que foi introduzido só transitoriamente e que uma nova lei prevê estabelecer de modo permanente.

Também pedem que se mantenha a moratória aos despejos de inquilinos, que será levantada a partir do próximo ano.

A greve coincide com a nova visita dos representantes da troika de credores, que ontem retomaram em Atenas sua análise sobre os progressos da Grécia no cumprimento do programa de reformas e de cujo veredicto dependerá o desembolso de um novo lance de ajuda no valor de 1 bilhão de euros.