Setor suíno brasileiro prega cautela sobre aumento da demanda internacional
São Paulo, 3 set (EFE).- O fim dos embargos russo e chinês para importação de carnes do Brasil é visto com cautela pelos produtores nacionais de suínos, que temem uma nova mudança no mercado mundial e seguem apostando no consumo interno, apontaram nesta quarta-feira representantes do setor.
"O mercado interno tem uma capacidade de crescimento grande, com consumo per capita de 15 quilos, enquanto a média mundial é de 30 quilos e alguns países chegam a 80 quilos", afirmou à Agência Efe o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes.
Encarregado de abrir a Segunda Semana Nacional de Carne Suína, que começou hoje e vai até o próximo dia 17 em São Paulo, Lopes destacou que o setor não deve descartar as exportações, mas advertiu que é necessário ter cautela para "crescer dos dois lados", tanto no mercado interno como no externo.
"Há uma demanda internacional, mas é necessário entender que os Estados Unidos estão com um problema pontual e que em algum momento eles vão voltar. São grandes produtores, muito maiores que o Brasil", comentou Lopes sobre o embargo russo a produtos americanos, o que provoca uma "instabilidade".
A Rússia proibiu a compra de alimentos do Ocidente em retaliação contra sanções aprovadas por americanos e europeus devido ao conflito na Ucrânia. Além disso, o rebanho americano tem registrado perdas com devido à presença do vírus da diarreia epidêmica suína (PEDv, na sigla em inglês).
O presidente da ABCS ressaltou que a suinocultura tem 85% de sua produção destinada ao mercado interno, sem opção de ampliar as exportações "em um primeiro momento".
"Há só uma opção: ou se exporta mais ou se suprime o mercado interno", apontou Lopes.
Com relação ao mercado chinês, Lopes indicou que o país asiático está investindo para transformar sua indústria e se adequar às principais normas sanitárias. E o Brasil se prepara para atender o aumento da demanda internacional.
Na mesma linha, o vice-presidente para suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas, indicou que se devem corrigir aspectos internos antes de exportar, pois o país passa por uma situação de "oferta ajustada".
"Saltamos de um consumo de oito quilos per capita para 15 quilos nos últimos 15 anos. É uma realidade que demonstra que alcançamos o equilíbrio no nível entre a demanda e a oferta da carne suína", afirmou Vargas.
Para o empresário, existe uma boa perspectiva de aumento nas exportações, mas isso ainda não se transformou em realidade, porque o Brasil tem mantido a média mensal de 40 mil toneladas de carne suína enviadas ao exterior. Segundo ele, crescimento das exportações vai depender da própria indústria.
"É uma decisão própria das empresas. Saber se vão exportar uma parte a mais de sua produção ou se vão aumentar a presença no mercado interno. Isso depende muito dos preços que estão sendo exercidos e do custo de produção", apontou.
"O mercado interno tem uma capacidade de crescimento grande, com consumo per capita de 15 quilos, enquanto a média mundial é de 30 quilos e alguns países chegam a 80 quilos", afirmou à Agência Efe o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes.
Encarregado de abrir a Segunda Semana Nacional de Carne Suína, que começou hoje e vai até o próximo dia 17 em São Paulo, Lopes destacou que o setor não deve descartar as exportações, mas advertiu que é necessário ter cautela para "crescer dos dois lados", tanto no mercado interno como no externo.
"Há uma demanda internacional, mas é necessário entender que os Estados Unidos estão com um problema pontual e que em algum momento eles vão voltar. São grandes produtores, muito maiores que o Brasil", comentou Lopes sobre o embargo russo a produtos americanos, o que provoca uma "instabilidade".
A Rússia proibiu a compra de alimentos do Ocidente em retaliação contra sanções aprovadas por americanos e europeus devido ao conflito na Ucrânia. Além disso, o rebanho americano tem registrado perdas com devido à presença do vírus da diarreia epidêmica suína (PEDv, na sigla em inglês).
O presidente da ABCS ressaltou que a suinocultura tem 85% de sua produção destinada ao mercado interno, sem opção de ampliar as exportações "em um primeiro momento".
"Há só uma opção: ou se exporta mais ou se suprime o mercado interno", apontou Lopes.
Com relação ao mercado chinês, Lopes indicou que o país asiático está investindo para transformar sua indústria e se adequar às principais normas sanitárias. E o Brasil se prepara para atender o aumento da demanda internacional.
Na mesma linha, o vice-presidente para suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas, indicou que se devem corrigir aspectos internos antes de exportar, pois o país passa por uma situação de "oferta ajustada".
"Saltamos de um consumo de oito quilos per capita para 15 quilos nos últimos 15 anos. É uma realidade que demonstra que alcançamos o equilíbrio no nível entre a demanda e a oferta da carne suína", afirmou Vargas.
Para o empresário, existe uma boa perspectiva de aumento nas exportações, mas isso ainda não se transformou em realidade, porque o Brasil tem mantido a média mensal de 40 mil toneladas de carne suína enviadas ao exterior. Segundo ele, crescimento das exportações vai depender da própria indústria.
"É uma decisão própria das empresas. Saber se vão exportar uma parte a mais de sua produção ou se vão aumentar a presença no mercado interno. Isso depende muito dos preços que estão sendo exercidos e do custo de produção", apontou.
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