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Argentina inaugura usina de enriquecimento de urânio com fins pacíficos

30/11/2015 21h36

Buenos Aires, 30 nov (EFE).- A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, inaugurou nesta segunda-feira uma usina para a produção de urânio enriquecido que se destinará à elaboração de combustível para as centrais atômicas do país.

"Somos o único país da América Latina com este grau de avanço, que foi paralisado no final do anos 80 e que voltamos a iniciar", destacou Cristina, que concluirá oito anos de governo no próximo dia 10, no ato de inauguração.

A usina de enriquecimento de urânio para fins pacíficos está localizada na cidade de Pilcaniyeu, a 60 quilômetros da cidade de Bariloche, na sulina província de Río Negro, e é administrada pela Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA).

A Argentina já tinha produzido urânio em escala experimental durante os anos 80 em Pilcaniyeu, quando o país elaborou o método de enriquecimento, mas depois a produção foi desativada.

"Nunca mais permitamos que exigências externas limitem nossa autonomia e nosso desenvolvimento científico, porque os argentinos podemos garantir ao mundo que a energia nuclear que produzimos, que o urânio enriquecido que produzimos, não estará em bombas que destruam vidas humanas. Ao contrário, será direcionado para energia e medicina nuclear", disse Cristina.

A governante se queixou que estes tipos de iniciativas sejam "ocultadas" pelos meios de comunicação para que depois seja "mais fácil desarmá-las ou desarticulá-las".

"Mas isto é algo que temos defender", salientou.

Segundo informou o Ministério do Planejamento argentino em comunicado, a produção de urânio enriquecido abastecerá as centrais atômicas em funcionamento, assim como as três projetadas e os 13 centros de medicina nuclear em todo o país, 11 dos quais estão em construção.

Cristina Kirchner também inaugurou por videoconferência a mina de ouro Cerro Negro, na província de Santa Cruz, e destacou a injeção de fundos recebida pelo site de comércio eletrônico Avenida.com, um crescimento que, afirmou, se deve ao fato de que "os argentinos seguem comprando".

"Temos que conseguir que os argentinos possam continuar comprando para manter este mercado aberto", comentou.