Conheça 3 formas de proteger seu dinheiro em cenário de inflação alta
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A inflação em fevereiro foi a maior dos últimos 22 anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nos últimos 12 meses, atingiu nada menos do que 5,06%.
Diante desse cenário, eu mostro na coluna de hoje três formas de manter o seu dinheiro rendendo sempre acima da inflação.
A forma mais segura
A opção mais segura e garantida para que o seu dinheiro renda sempre mais do que a inflação é o Tesouro Selic, um título do Tesouro Direto. Trata-se, na verdade, do investimento mais seguro do Brasil em qualquer tipo de ocasião.
A rentabilidade do Tesouro Selic segue a taxa básica de juros, a chamada taxa Selic.
Quando o Banco Central identifica sinais de inflação alta, ele eleva a taxa Selic. Consequentemente, o rendimento do Tesouro Selic aumenta junto.
No Brasil, pelo nosso histórico de inflação, a taxa Selic quase sempre está muito acima da inflação, quando analisamos períodos de 12 meses.
No período de março do ano passado a fevereiro de 2025, a taxa Selic acumulada foi de 11,1%, enquanto a inflação foi de 5,06%, como disse no início. Para quem investiu no Tesouro Selic, tirando o Imposto de Renda, o retorno ficou em 9,2%, muito acima da inflação.
A vantagem do Tesouro Selic, em relação aos dois outros investimentos que vou citar nesta coluna, é que ele permite que você resgate em qualquer dia, mesmo antes do vencimento, praticamente sem risco de prejuízo.
Uma forma segura a médio e longo prazo
Se você não precisa de liquidez diária, ou seja, se não precisa ter a opção de poder resgatar a qualquer momento, uma modalidade bastante segura é o Tesouro IPCA, outro título do Tesouro Direto.
O Tesouro IPCA rende a inflação mais uma taxa prefixada. Por exemplo, atualmente, o título com vencimento em 2029 está oferecendo uma rentabilidade de 7,61% mais a inflação. Assim, se a inflação ficar em 5% ao ano, por exemplo, sua rentabilidade ficará em 10,7%, já descontando o IR.
A desvantagem do Tesouro IPCA, em comparação com o Selic, é que ele pode gerar prejuízo se você resgatar antes da data de vencimento.
Para garantir uma boa rentabilidade, só invista no título se tiver certeza de que poderá aguardar até o final do prazo.
Uma forma arrojada
O investimento no exterior, especialmente nos Estados Unidos, pode ser uma forma de proteger o seu patrimônio da inflação.
A ideia é que, como o real costuma se desvalorizar em relação ao dólar a longo prazo, se mantivermos nosso dinheiro aplicado em ativos negociados na moeda americana, tendemos a proteger o nosso poder de compra.
No entanto, antes de tomar essa decisão, você precisa conhecer os riscos.
O retorno do investimento não é nem um pouco garantido. Investir fora é arriscado porque o seu patrimônio fica sujeito à variação cambial. Desde o início do ano até ontem, o dólar caiu 6%.
Mesmo quando falamos em longo prazo, também não há garantia nenhuma. Recentemente eu escrevi uma coluna mostrando que, nos últimos 20 anos, os investimentos no Tesouro Direto deram um retorno maior do que as aplicações de baixo risco dos Estados Unidos, mesmo com a desvalorização do real.
Já quando falamos em renda variável, os EUA ganharam do Brasil, de longe, nos últimos 20 anos. Um investimento de R$ 1.000 na bolsa americana, no período, gerou um retorno de R$ 8.935. Já na brasileira, o ganho ficou em R$ 3.053.
Assim, o investimento no exterior, pode, sim, ajudar a proteger seu patrimônio, mas oferece um risco considerável, mesmo a longo prazo.
Alguma dúvida?
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16 comentários
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Luiz Henrique Chrispim
E se o governo der calote nos títulos? Pois aqui , é de se esperar. Ainda mais com comunistas no poder.
Marcos Pacifico da Silva
Silvio Crespo. Ah vah. Falar isso para trabalhadores e desempregados é muita falta de educação sua. Seja realista e útil no que diz, por favor.
Luiz Roberto Pasquale
A melhor das fórmulas é colocar no poder um estadista, um líder verdadeiro e não um tigre de papel que só pensa em vencer as eleições e fornecer benesses aos seus " companheiros". Alguém com programa de governo, comprometido com o país. Colocar no Congresso deputados e senadores que estejam longe do centrão e da esquerda e daí emendar a constituição com coragem para reformular o Judiciário. É a única forma do Brasil levantar do berço esplêndido em que está desde 1500.