Conheça os investimentos mais seguros para se proteger da inflação
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Ao contrário do que muita gente pensa, os melhores investimentos para se proteger da inflação nem sempre são aqueles que possuem "Inflação" ou "IPCA" no nome.
Na coluna de hoje eu mostro quais são os investimentos mais seguros para manter o poder de compra do seu patrimônio a curto, médio e longo prazo.
Curto prazo
Para garantir que seu patrimônio não perderá poder de compra a curto prazo, a opção mais segura é o Tesouro Selic.
Por dois motivos: primeiro, porque é o investimento mais seguro do país. Segundo, porque permite que você resgate a qualquer momento sem risco de prejuízo.
O CDB, a LCA e a LCI também serve contra inflação a curto prazo se tiverem liquidez diária, ou seja, se permitirem o resgate antes do vencimento.
Também funcionam dessa forma as contas correntes remuneradas oferecidas por diversos bancos digitais.
Outra possibilidade são os fundos de investimento do tipo DI, Porém, estes tendem a render menos do que as demais opções acima porque cobram taxa de administração. Se a taxa ficar acima de 1% ao ano, desconsidere.
Já o título Tesouro IPCA, que serve para proteger da inflação, é uma péssima ideia para curto prazo, pois ele pode gerar prejuízo se for resgatado antes do vencimento. O mesmo vale para CDBs, LCAs e LCIs que tenham a sigla "IPCA" no nome.
Médio prazo
Para médio prazo, sim, você pode usar os investimentos que possuem "IPCA" no nome, como o Tesouro IPCA e alguns CDBs, LCAs e LCIs.
Mas só invista neles se você tiver certeza de que não vai querer ou precisar resgatar o dinheiro antes do vencimento.
A vantagem desses investimentos é que a rentabilidade deles é dada pela inflação mais uma taxa de juros.
Por exemplo, o Tesouro IPCA 2029 está rendendo o IPCA (índice de inflação) mais 7,36% ao ano. Sendo assim, se a inflação ficar em 1%, ele vai render pouco mais de 8%; se ficar em 10%, vai render pouco mais de 18%, e assim por diante. Lembrando que, da rentabilidade final, ainda é descontado o Imposto de Renda.
Como o Tesouro IPCA, em geral, tem prazos muito longos, se você não puder aguardar até o vencimento, pode procurar um CDB, LCA ou LCI vinculados ao IPCA, que geralmente têm prazos mais curtos.
Mas, além dos investimentos com "IPCA" no nome, os pós-fixados também podem ser bons a médio prazo, pois eles acompanham a taxa básica de juros, a Selic, que quase sempre está acima da inflação.
As taxas pós-fixadas mais usadas no Brasil são a Selic e o CDI. Por isso, os investimentos pós-fixados são aqueles que têm a palavra "Selic" no nome ou que definem a rentabilidade como uma porcentagem do CDI.
Longo prazo
Para longo prazo, os investimentos com IPCA no nome funcionam muito bem, se o objetivo for se proteger da inflação.
No entanto, para quem está disposto a correr certo risco, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) são uma possibilidade.
Os chamados "FIIs de tijolo" são fundos que possuem imóveis no seu portfólio. Ao investir neles, você está se tornando um dos donos de um ou de vários imóveis. Tais imóveis, se bem escolhidos, podem se valorizar a longo prazo, refletindo no preço das cotas do fundo.
Apenas esteja ciente de que os FIIs trazem riscos consideráveis. Nos últimos 12 meses, por exemplo, os principais fundos imobiliários caíram, em média, 8,9%, segundo o Ifix, o índice de referência desse mercado.
Por outro lado, nos últimos dez anos, o Ifix subiu 122%, enquanto a inflação medida pelo IPCA ficou em 75%.
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