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Franquias de cafeteria faturam 10% mais; veja opções a partir de R$ 94 mil

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

21/09/2012 06h00

As cafeterias são uma boa oportunidade para os interessados em abrir uma franquia, segundo o Panorama Global das Franquias do Setor de Food Service, pesquisa elaborada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) e a ECD, consultoria especializada em food service.

O segmento de café e snacks teve crescimento de 10% no faturamento no período de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a pesquisa.

O investimento inicial é a partir de de R$ 94 mil para uma franquia do Café Donuts, R$ 120 mil da Grão Espresso, de R$ 130 mil para o Café Jardim, de R$ 140 mil para o Scada Café, de R$ 180 mil para o Mr. Black Café Gourmet, de R$ 185 mil para o Mega Matte, de R$ 200 mil para Café Moinho e para o Rei do Mate, de R$ 210 mil para o Café do Feirante, de R$ 225 mil para a Casa do Pão de Queijo, de R$ 248 mil para o Vanilla Café e de R$ 379,5 mil para o Fran's Café.

Claudia Bittencourt, diretora-executiva do Grupo Bittencourt, empresa especializada no desenvolvimento e expansão de redes de franquias, diz que o interessado tem que avaliar o mix de produtos antes de escolher uma franquia de cafeteria.

“O café tem um certo glamour, o ambiente da cafeteria cria oportunidades de relacionamento, mas só vender café não fará o negócio dar certo. É importante adicionar outros produtos e ampliar a prestação de serviço para aumentar a rentabilidade”, afirma.

Segundo Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), o café representa somente 30% das vendas de uma cafeteria e a maior parte do faturamento vem de lanches, salgados e outros bebidas.

Entretanto, as pessoas que apreciam café estão dispostas a pagar caro por ele. “Há alguns anos, o café era vendido por R$ 0,50 no copo americano, hoje, com o aumento da oferta de café gourmet, ele pode custar até R$ 5 em alguns lugares”, diz Herszkowicz.

Empreendedor não precisa ser especialista em café

O empreendedor não precisa ser barista ou profundo conhecedor de café, já que a franqueadora é responsável pela sua capacitação e por transmitir o conhecimento do negócio. Mas é importante que ele e seus funcionários apreciem a bebida.

“Café é movido a paixão, ele exige cuidado até a hora em que vai para o xícara. Se os funcionários são motivados e tem afinidade com o negócio, isso se reflete no atendimento e até na bebida, na aparência do produto”, afirma o diretor-executivo da ABIC.

Alguns cuidados na escolha da franquia e na operação do negócio podem ajudar o franqueado a ter sucesso. Trabalhar com grãos e máquinas de boa qualidade, oferecer um bom mix de produtos, investir no treinamento e na reciclagem constante dos funcionários e na criação de um ambiente agradável para encontros sociais e até para reuniões de trabalho são alguns deles. “O preço do produto não é o mais importante, quando as pessoas gostam, elas estão dispostas a pagar mais”, declara Herszkowicz.