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Burger King admite que fornecedor produziu hambúrgueres de cavalo no Reino Unido

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Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/02/2013 09h31

A rede de restaurantes Burger King admitiu que um de seus fornecedores utilizou carne de cavalo na fabricação de hambúrgueres. A empresa disse que testes feitos com a carne produzida em fábrica, e utilizada nas lanchonetes do grupo, possuíam "traços muito pequenos" de dna do animal.

O Burger King acusa uma fornecedora irlandesa de ter quebrado contrato e ter agido sem o seu conhecimento. Na semana passada, a rede de fast-food já havia anunciado o cancelamento do contrato com a empresa acusada.

Porém, testes feitos pelo próprio Burger King não acusaram a presença de carne de cavalo em produtos de suas lojas . "Nossos resultados independentes sobre o produto retirado de restaurantes foram negativos para qualquer tipo de carne de cavalo", disse, em nota.

Investigação revelou presença de carne de cavalo

Uma investigação realizada pelas autoridades irlandesas revelou recentemente a presença de DNA de cavalo na carne de hambúrgueres na Grã-Bretanha e Irlanda.

Uma das três fábricas incriminadas, Silvercrest, fornecedora do Burger King, reconheceu a adulteração da carne em um comunicado.

"Por precaução, decidimos no último fim de semana substituir todos os produtos Silvercrest no Reino Unido e Irlanda pelos de um outro fornecedor aprovado por Burger King", indicou o grupo, ressaltando tratar-se de uma medida voluntária.

A Autoridade de Segurança Alimentar da Irlanda (FSAI) havia testado 27 hambúrgueres que diziam ser exclusivamente a base de carne de boi e encontrou traços de DNA de cavalo em 10 amostras e de porco em 23. Em sua maioria foi encontrado pouca carne de cavalo, menos em uma amostra vendida em um supermercado Tesco, no qual havia 29%.

Mesmo se os hambúrgueres adulterados não representem perigo à saúde humana, o caso provocou um escândalo no Reino Unido e na Irlanda, dois países onde comer carne de cavalo se tornou um tabu. O primeiro-ministro britânico David Cameron considerou o caso como "extremamente grave".

(Com agências)