Dilma quer reformas no FMI e mais poder para os países emergentes
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (27), na reunião de cúpula dos Brics em Durban, na África do Sul, que é fundamental fazer reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI) para ampliar a presença dos países em desenvolvimento, como Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
Os países emergentes afirmam que o sistema atual de votação do FMI concede injustamente benefícios à Europa e aos Estados Unidos, que dominam o fundo desde sua fundação, na década de 1940.
Um acordo fechado em 2010 para implementar mudanças na instituição financeira, inclusive elevando a China ao posto de terceiro país-membro com mais poder de voto, deveria ter sido aprovada por todos os países-membros do FMI em outubro, mas ainda não passou pelo Congresso dos EUA.
"Seguimos unidos na defesa de reformas das estruturas de governança global. É necessário urgentemente atualizar e torná-las mais legítimas e representativas do mundo de hoje", afirmou a presidente.
"O ano de 2013 é central para se implantar as reformas do Fundo Monetário, para adequá-lo à nova realidade da economia mundial", disse.
Banco de desenvolvimento dos Brics
Dilma afirmou também que o banco de desenvolvimento criado pelos Brics vai ajudar a financiar os projetos de infraestrutura, inclusive nos países considerados em desenvolvimento, com recursos de longo prazo.
Ela também ressaltou a importância de criar um fundo anticrise, como parte da cooperação do bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
"Destaca-se na agenda da cooperação, um passo à frente, com contornos concretos, duas iniciativas importantes que são o banco Brics e o arranjo contingente de reservas", declarou.
Segundo ela, o banco de desenvolvimento vai também ajudar projetos, em especial na África e na América do Sul. Para a presidente, a situação econômica dos países desenvolvidos neste ano está melhor, mais ainda é preocupante.
Crise nos países desenvolvidos continua
"Temos que ter em mente que, se as economias avançadas se contraem, devemos fazer todo o esforço para ampliar as nossas próprias economias, os nossos próprios mercados", defendeu.
"Embora o cenário de 2013 seja um pouco mais promissor que o de 2012, é visível que muitos dos países desenvolvidos e seus problemas permanecem comprometendo, principalmente, o bem estar de suas populações", afirmou ela.
(Com Reuters)
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