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Brasil está preparado para enfrentar nova fase da crise, diz Mantega

Valter Campanato/ABr
Imagem: Valter Campanato/ABr

Do UOL, em São Paulo

26/06/2013 10h09Atualizada em 26/06/2013 11h31

O Brasil está preparado para enfrentar o novo capítulo da crise internacional que surge com as turbulências decorrentes da esperada redução dos estímulos monetários dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (26) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para quem não haverá falta de liquidez na economia global.

Mantega, que participa de audiência pública conjunta de comissões na Câmara dos Deputados, destacou que essa nova situação na maior economia do mundo causa turbulências, mas que o Brasil está bem posicionado, entre outros motivos pelo mercado interno forte e por reservas internacionais elevadas.

"Essa situação causa turbulência, que continua mas deverá diminuir em algum momento e vai se acomodar em outra posição. Isso não significa que vai haver uma diminuição da liquidez internacional", afirmou Mantega.

Na semana passada, o Federal Reserve, banco central norte-americano, deu sinais de que pode reduzir seu programa de compra de ativos ainda este ano diante de sinais de melhora da atividade econômica.

Mantega reconheceu que essas sinalizações criaram grande fluxo de capitais para os Estados Unidos, afetando o câmbio e causando desvalorização principalmente das moedas de emergentes. No Brasil, o dólar chegou a R$ 2,25.

Para enfrentar essas turbulências, o ministro disse que o Brasil tem bons fundamentos, como o controle da inflação que, neste ano, terminará dentro da meta (medida pelo IPCA), de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais.

Metas fiscais

Mantega também reafirmou que o Brasil cumprirá as metas fiscais estabelecidas e que terá superávit primário de pelo menos 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, o que será garantido por reduções de despesas de custeio.

Para ele, o déficit nominal está em trajetória de queda e que nós próximos anos o Brasil poderá ter déficit nominal zero.

"Continuaremos permanentemente fazendo ajustes e faremos reduções de despesa de custeio para garantir meta fiscal de pelo menos 2,3%", afirmou o ministro.

(Com Reuters)