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Economistas cortam previsão de crescimento para 0,52%, após dados do PIB

Do UOL, em São Paulo

01/09/2014 08h43Atualizada em 01/09/2014 11h01

Depois de a economia brasileira ter encolhido por dois trimestres seguidos, as projeções para o crescimento do país neste ano caíram para o menor nível até agora.

A expectativa é que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 0,52% em 2014, segundo economistas de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central para o Boletim Focus. A previsão foi reduzida pela 14ª semana seguida.

Na última sexta-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o Brasil acumulou dois trimestres seguidos de crescimento negativo, o que caracteriza uma recessão técnica.

A economia encolheu 0,6% no segundo trimestre; além disso, o dado do primeiro trimestre foi revisado de uma alta de 0,2% para queda de 0,2%. No acumulado do 1º semestre, houve crescimento de 0,5% em relação a igual período de 2013.

Previsão de inflação e juros fica estável

Além da projeção do PIB, o BC também coleta as expectativas do mercado em relação a outros indicadores econômicos importantes.

A expectativa para a inflação ficou igual à da semana passada, em 6,27%. Os últimos dados divulgados pelo IBGE, do IPCA-15 (considerado uma prévia da inflação oficial), mostraram que a alta dos preços desacelerou para 0,14% em agosto. No acumulado de 12 meses, ficou em 6,49%, no limite máximo da meta do governo.

A meta do governo é manter a alta dos preços em 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, podendo ir de 2,5% até 6,5%.

A previsão para a taxa básica de juros (Selic) também ficou estável em relação à semana passada. Os economistas consultados esperam que a seja mantida nos atuais 11% até o fim do ano.

A cotação do dólar deve fechar 2014 em R$ 2,35, também mesma previsão da semana passada.

Entenda o que é o boletim Focus

Toda segunda-feira, o Banco Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.

(Com Reuters)