Prévia da inflação desacelera de novo e volta ao teto da meta em 12 meses
Entre meados julho e a primeira metade de agosto, os preços subiram 0,14%, em média, menos do que a alta registrada em julho, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (20).
Em 12 meses (de agosto do ano passado até agosto deste ano), a inflação voltou a ficar dentro da margem de tolerância da meta de inflação do governo, acumulando alta de 6,49%.
A meta do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, variando entre 2,5% e 6,5% ao ano).
No mês passado, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15) tinha registrado alta de 0,17%; em agosto do ano passado, os preços subiram 0,16%.
Conta de luz é principal influência de alta
Segundo o IBGE, o aumento nos preços da conta de luz teve o maior impacto para o índice prévio de inflação neste mês. Os preços tiveram um ganho médio de 4,25%.
A alta dos gastos foi maior na região metropolitana de Curitiba, subindo 23,85%. Em São Paulo, o gasto com a conta de luz aumentou, em média 9,55%; e em Belém, subiu 6,8%.
Alimentos, roupas e despesas pessoais ficam mais baratas
Entre as influências negativas, que ajudaram a fazer a média de preços desacelerar, está a categoria de despesas pessoais, que passou de alta de 1,74% em julho para queda de 0,67% em agosto.
O preço dos alimentos e bebidas, que tinha registrado leve queda de 0,03%, neste mês chegou a recuar 0,32%.
Vários alimentos ficaram mais baratos, com destaque para a batata inglesa, que tinha subido bastante no início do ano, e agora registrou queda de 20%.
Os preços de roupas, que tinham ficado estáveis no IPCA-15 de julho, caíram 0,18% em agosto; e os de comunicação, que já tinham recuado 0,1% no mês passado, caíram mais 0,84%.
Metodologia
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de julho a 13 de agosto de 2014 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de junho a 14 de julho de 2014 (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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