Conteúdo publicado há 12 meses

Galípolo é aprovado em comissão no Senado para diretoria do Banco Central

Indicado pelo governo Lula à diretoria de Política Monetária do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo foi aprovado hoje em sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pelo plenário do Senado.

O que aconteceu?

Na comissão, o placar foi de 23 votos favoráveis e dois contrários. O relator da indicação, o senador Otto Alencar (PSD-BA), recomendou a aprovação de Galípolo.

No plenário, os senadores aprovaram a indicação do governo Lula (PT) por 39 votos favoráveis e 12 contrários. Uma abstenção foi registrada.

Os senadores também aprovaram a indicação do advogado Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do Banco Central, para a Diretoria de Fiscalização, por 42 votos favoráveis e dez contrários. Santos será a primeira pessoa negra na cúpula do BC.

Diretor de Política Monetária é responsável por cuidar dos instrumentos de juros e câmbio, além de orientar tecnicamente a administração das reservas internacionais do país. O mandato é de quatro anos, com possibilidade de recondução pelo mesmo período.

Indicação aumenta influência do governo Lula na instituição. O BC tem sido alvo de críticas constantes do presidente, principalmente por manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, maior patamar desde novembro de 2016.

Diretoria pode ser primeiro passo do economista na autarquia. Ele é o principal cotado para assumir a presidência do BC após o fim do mandato de Roberto Campos Neto, em 2024.

Quem é Gabriel Galípolo?

O economista Gabriel Galípolo passa por sabatina no Senado
O economista Gabriel Galípolo passa por sabatina no Senado Imagem: 4.jul.2023 - Pedro França/Agência Senado
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Aos 41 anos, Galípolo é professor universitário e foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, o segundo cargo mais importante na hierarquia da pasta.

Ele é figura de confiança do ministro Fernando Haddad e participou da transição de governo. A indicação recente de Galípolo para o Conselho de Administração do Banco do Brasil também foi bem-vista pelo mercado.

Embora com menos ênfase, Galípolo ecoa discurso do governo em defesa da diminuição da taxa de juros. Tenho convicção que toda diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional, nem pessoal, de ter juros mais altos", disse.

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