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'Todo mundo quer baixar os juros', diz Galípolo, indicado de Haddad ao BC

Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator - Reprodução / Reinaldo Canato/Folhapress
Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator Imagem: Reprodução / Reinaldo Canato/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

09/05/2023 20h21Atualizada em 09/05/2023 20h27

O economista Gabriel Galípolo, indicado pelo ministro Fernando Haddad para a diretoria do BC (Banco Central), assumiu tom conciliador ao conversar com jornalistas hoje.

O que aconteceu:

Galípolo disse que "todo mundo que baixar os juros", em meio ao cabo de guerra entre governo e BC.

"Tenho convicção que toda diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional, nem pessoal, de ter juros mais altos", falou.

Ao mesmo tempo, Galípolo reconheceu que o Ministério da Fazenda "tenta criar um ambiente para que o mercado possa colocar os preços da maneira adequada e o BC possa sancionar essa redução".

O economista se colocou à disposição para "colaborar com o projeto": "Não vim para ter projeto de carreira pessoal".

Questionado se poderá ter algum "entrave" no Senado, o indicado falou que "espera que não". Após a indicação, Galípolo e Ailton de Aquino Santos, também designado ao BC ontem por Haddad, devem ser sabatinados no Senado.

"São pessoas extremamente técnicas, muito bem vistas pelo Congresso", afirmou Haddad ao reforçar que espera uma sabatina tranquila.

O governo Lula (PT) segue pressionando para que o Copom (Comitê de Política Monetária), do BC, reduza a Selic. A taxa básica de juros está a 13,75%.

Após a renovação dos juros na semana passada, Haddad disse ter ficado "bastante preocupado", mas amenizou: "Da minha parte, jamais haverá pressão política, no pejorativo, sobre um órgão público que tem a mesma legitimidade que eu tenho ao ser designado pelo presidente".

Já Lula alfinetou o presidente do BC, Roberto Campos Neto: "Ninguém fala de juros. Como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas".